terça-feira, 3 de dezembro de 2024 | 23:00:20

O ex-policial militar Ronnie Lessa confessou ter matado a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, durante o primeiro dia do julgamento no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O crime aconteceu há mais de seis anos e chocou o país.

Lessa fez seu depoimento por videoconferência, direto do Complexo Penitenciário de Tremembé, em São Paulo. Ele pediu desculpas às famílias das vítimas e disse que se deixou levar por promessas de lucros altos, que poderiam chegar a R$ 25 milhões, relacionados a uma área na zona oeste do Rio.

“Peço perdão às famílias do Anderson, da Marielle, à minha própria e à dona Fernanda, que sobreviveu ao atentado. Sinto muito pelos atos que nos trouxeram aqui”, afirmou Lessa. Ele mencionou que o crime teria sido encomendado pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, que se sentiam ameaçados pela atuação política de Marielle.

O julgamento aconteceu com muita emoção. Anielle Franco, irmã de Marielle e ministra da Igualdade Racial, acompanhou o depoimento ao lado da viúva Mônica Benício e da filha Luyara, mostrando expressões de incredulidade. Marcelo Freixo, ex-assessor de Marielle e presidente da Embratur, também estava presente e ficou visivelmente emocionado.

Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz são réus pelo assassinato e estão presos desde 2019. O caso dos irmãos Brazão ainda está em tramitação no Supremo Tribunal Federal.

Compartilhe