Manaus (AM) – O vereador Marcelo Serafim (PSB) usou suas redes sociais nesta quarta-feira (24/04) para denunciar uma licitação da Prefeitura de Manaus que, segundo ele, estaria destinada ao pagamento de influenciadores digitais. De acordo com Serafim, os valores envolvidos poderiam chegar a até R$ 99 mil, com o propósito de garantir que os “blogueiros” não falem mal da administração pública.
“Agora, a gente vê aí, que há uma licitação para uma empresa contratada, para pagar até R$ 99 mil reais para ‘blogueiros’ que falem bem da Prefeitura. Essa é a Prefeitura de Manaus, ela precisa pagar para que falem bem dela e impede que a Câmara tente fiscalizar pelo pagamento de blogs em dinheiro vivo na sede da Prefeitura. Nós estaremos atentos”, declarou Marcelo Serafim.
O vereador considerou essa licitação uma manobra da gestão municipal para descredibilizar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que está prestes a ser aberta na Câmara Municipal de Manaus (CMM). A CPI terá como objetivo investigar um pagamento realizado em dinheiro nas dependências da Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom).
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“Vai ser instalada a CPI, o prefeito de Manaus tenta de todas as formas ficar com a presidência e a relatoria. Para quê? Para fazer com que essa CPI dê em pizza, nós estaremos denunciando isso”, afirmou Marcelo Serafim.
No total, 14 parlamentares assinaram o requerimento solicitando a instauração da CPI. Além de Marcelo Serafim, assinaram o requerimento os vereadores Caio André (União Brasil), William Alemão (Cidadania), Rodrigo Guedes (Progressistas), Capitão Carpê (PL), Elissandro Bessa (PSB), Jaildo Oliveira (PV), Raiff Matos (PL), Lissandro Breval (PP), Diego Afonso (União Brasil), Thaysa Lippy (PRD), Professora Jacqueline (União Brasil), Marcelo Serafim (PSB), Everton Assis (União Brasil) e Glória Carratte (PSB).
Segundo o requerimento 5.107/2024, os atos suspeitos podem caracterizar “improbidade administrativa e crimes decorrentes de suposto desvio de verbas públicas, em razão de pagamento em espécie a possíveis prestadores de serviços”.