O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2026. A manifestação foi feita por meio de uma carta escrita à mão e lida pelo parlamentar, nesta quinta-feira (25), em frente ao hospital onde o pai está internado no Rio de Janeiro.
A carta, datada de 25 de dezembro, endossa publicamente o movimento político do senador rumo ao pleito de 2026. Segundo Flávio, o documento foi entregue no dia 23, antes da internação do ex-presidente, por intermédio de um advogado. Ele afirma, no entanto, que o gesto não altera sua postura ou decisões internas.
“Para mim, a carta não muda nada. Mas para quem tinha dúvidas, isso pode mudar”, declarou.
Cirurgia e estado de saúde
Internado para tratar complicações abdominais, Jair Bolsonaro deve passar por uma cirurgia de hérnia inguinal. O procedimento tem duração prevista de aproximadamente três horas. Conforme informações de Flávio, o ex-presidente está estável e sem complicações graves identificadas até o momento. Uma nova avaliação médica definirá a necessidade de procedimentos adicionais.
O conteúdo da carta
No texto, Jair Bolsonaro afirma enfrentar “duras batalhas” e cita impactos na saúde e na vida familiar. Ele relaciona a indicação do filho ao compromisso de manter ativa a representação política de seu grupo.
Trecho da carta divulgado por Flávio Bolsonaro:
“Diante desse cenário de injustiça, e com o compromisso de não permitir que a vontade popular seja silenciada, tomo a decisão de indicar Flávio Bolsonaro como pré-candidato à Presidência da República em 2026. Entrego o que há de mais importante na vida de um pai: o próprio filho para a missão de resgatar o nosso Brasil.”
Movimento político e cenário eleitoral
O gesto consolida o senador como nome central do bolsonarismo na corrida presidencial. A oficialização do apoio ocorre em um contexto de reorganização das forças políticas conservadoras, enquanto partidos e lideranças já se movimentam para as definições de 2026.
Analistas avaliam que a sinalização busca desfazer dúvidas internas, neutralizar disputas por protagonismo e preservar a unidade do grupo para além das dificuldades jurídicas enfrentadas pelo ex-presidente.
Contexto amazônico
No Amazonas, lideranças locais ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a carta. O movimento deve repercutir no estado, sobretudo entre parlamentares e bases eleitorais alinhadas ao ex-presidente. A expectativa é de que, nas próximas semanas, aliados regionais definam se acompanham a indicação ou aguardam novas articulações partidárias.
