Reeleito governador do Rio Grande do Sul no segundo turno, Eduardo Leite (PSDB) vai ser convidado pelo presidente do partido, Bruno Araújo, para assumir o comando nacional da legenda a partir do dia 31 de maio de 2023, quando termina o mandato da atual direção.
A expectativa é a de que Leite esteja na linha de frente das negociações com outros partidos para discutir uma eventual fusão ou a ampliação da federação com o Cidadania, e represente os tucanos caso se consolide um novo bloco com o Podemos e o MDB. As articulações partidárias ainda são embrionárias e dificilmente estarão concluídas até maio.
Como presidente do PSDB ou representante da sigla em uma aliança mais ampla, Leite teria um lugar de destaque no debate nacional e poderia despontar como um líder do centro democrático para a disputa presidencial de 2026.
Além de Leite, o PSDB elegeu mais dois governadores, Eduardo Riedel (MS) e Raquel Lyra (PE), mas perdeu a hegemonia em São Paulo após 28 anos. Em entrevista semana passada, o governador gaúcho afirmou que iria a Brasília para “promover um alinhamento político” e definir qual a melhor alternativa para o PSDB. “Se será federação com algum partido, fusão ou criação de algo novo”, disse.
“O resultado que se pretende é o fortalecimento de um campo no centro que esteja associado, seja na forma de uma federação ou, se possível, partindo para a criação de algo novo”, disse o tucano. Para o gaúcho, é necessário “conciliar agendas, com visão arrojada de economia”.