O governador do Amazonas, Wilson Lima, informou nesta quarta-feira (11) que será feito o pagamento de um abono aos professores, utilizando as sobras do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Professor (Fundeb). A data exata para o pagamento ainda não foi definida, mas a medida foi comemorada pela gestão estadual como um reconhecimento à categoria.
Anúncio nas redes sociais
Por meio de um vídeo publicado em suas redes sociais, o governador explicou: “Olá, meu amigo e minha amiga da educação, estou passando aqui só para adiantar uma informação. Esse ano de 2024 vai ter o Fundeb!”. A mensagem gerou repercussão e dividiu opiniões entre os sindicatos da educação.
Reações dos sindicatos
A decisão de pagar o abono gerou críticas de algumas entidades que representam os trabalhadores da educação. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) emitiu uma nota questionando que as sobras do Fundeb poderiam ter sido usadas para aumentar o reajuste salarial ou para garantir o cumprimento das progressões por tempo de serviço e titularidade, que estariam pendentes.
O Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical) também manifestou sua insatisfação. “Se está havendo sobra dos recursos do Fundeb, significa que havia dinheiro suficiente para que o governador tivesse pago o reajuste da inflação e regularizado a defasagem salarial que ainda afeta os trabalhadores da educação”, afirmou o sindicato.
Reajuste salarial e progressões de carreira
Ambos os sindicatos defendem que o governador deveria ter priorizado o aumento dos salários dos professores, corrigindo as perdas causadas pela inflação, além de garantir que as progressões de carreira, que são de direito dos profissionais, sejam efetivamente cumpridas. Para as entidades, o abono anunciado é apenas uma medida paliativa e não resolve as questões estruturais que afetam a educação no estado.