Rio Preto da Eva (AM) – Para entrar no mercado de produção de mel e seus derivados a prefeitura de Rio Preto da Eva está trabalhando o programa de Meliponicultura com produtores da Agricultura Familiar. Na primeira fase do projeto, ao longo do ano de 2022, a Secretaria de Produção e Abastecimento em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas – IDAM, desenvolveram uma série de Atividades entre elas, capacitações e cadastramento dos agricultores interessados em ingressarem na cadeia produtiva do mel, a fim de dar embasamento técnico (teórico e prático) para que os futuros criadores tenham segurança no manejo das abelhas e conheçam o mercado local.
Em parceria com o sistema SEPROR, o Programa de Meliponicultura no município do Rio Preto da Eva conta atualmente com 50 famílias cadastradas, e a prefeitura local, deve laçar oficialmente o projeto piloto no fim do mês de fevereiro com a entrega de Kits que contemplam ferramentas necessária para o manejo das colônias, incluindo cavaletes que darão suporte às colônias.
De acordo com Eduardo Castelo, secretário municipal de Produção Rural e Abastecimento do município, a determinação do prefeito Anderson Sousa (União Brasil) é que o programa seja efetivado com o objetivo de preparar as famílias participantes, para que no futuro, se tornem produtoras de mel, própolis e seus derivados, “por isso, nesse primeiro momento, estamos preparando cada participante para receber duas colônias de abelhas sem ferrão, depois, no fim do verão, realizaremos um seminário para avaliar os resultados da experiencia com os participantes do programa, que contarão com acompanhamento técnico durante todo ano”, disse o secretário.
Igor Graciano, engenheiro agrônomo do IDAM, responsável técnico pelo acompanhamento do projeto, disse que a seleção das espécies de ocorrência natural na região de Rio Preto da Eva foi uma tarefa importante, e que contou com o conhecimento científico, aliado ao conhecimento empírico de criadores experientes do Amazonas, pois a introdução de espécies em regiões em que não são endêmicas pode comprometer o ecossistema e prejudicar as espécies que ocorrem naturalmente. De acordo com o Igor as espécies selecionadas foram Melípona Lateralis (uruçu canudo), Duckeola Ghilianii (iracoatiara), Scaptotrigona Polysticta e S. Nigrohirta (Canudo Preta e Canudo Amarela respectivamente) e Friseomelita trichocerata (Moça Branca).
Para a efetivação da segunda fase do programa de Meliponicultura em Rio Preto da Eva, a prefeitura local está fazendo a aquisição de 100 colmeias que serão entregues aos produtores participantes do projeto. A distribuição das colônias está programada para acontecer nos meses de março e agosto, ao mesmo tempo em que, estão previstas capacitações para escolha da área e instalação do meliponário para cada família integrante do projeto, e ainda, a confecção de caixas para criação racional (modelo INPA) e oficina de boas práticas para produção de mel e própolis, e como fase final, a comercialização, fechando toda a cadeia produtiva.