Brasília (DF) – Na noite desta quarta-feira (23/08), o Partido Liberal (PL), tomou a decisão de expulsar o ex-superintendente da Suframa, coronel Alfredo Menezes, dos seus quadros de filiados. Menezes foi alvo de uma ação disciplinar devido a suas declarações polêmicas.
A decisão de expulsão foi assinada por João Augusto Ramos, primeiro vice-presidente do partido, e teve como base um parecer favorável do Conselho de Ética da agremiação.
A gota d’água que levou à expulsão de Menezes foi seu comportamento em uma live realizada em uma rede social, durante a qual ele chamou o deputado federal e colega de partido, capitão Alberto Neto, de “Judas”. O comentário foi feito após o parlamentar votar contra a reforma tributária proposta.
Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, instou que o processo disciplinar fosse conduzido de forma rápida e ética em relação ao coronel da reserva.
Menezes, por sua vez, não demonstrou surpresa pela decisão, destacando que esperava tal desfecho, especialmente vindo do Diretório Municipal do PL, liderado pelo deputado Alberto Neto.
Em uma declaração após a expulsão, Menezes afirmou: “Vamos agora buscar instâncias superiores dentro do partido para reverter essa decisão absurda, descontextualizada e claramente influenciada por interesses pessoais do parlamentar.”
O coronel também citou o Artigo 220 da Constituição Brasileira, que assegura a liberdade de manifestação do pensamento e expressão. Ele argumentou que a decisão do partido, repleta de irregularidades, prejudica não apenas a democracia, mas também os 737 mil eleitores que o apoiaram nas eleições de 2022.
O caso agora gera debates sobre a liberdade de expressão, bem como sobre a tomada de decisões políticas e éticas dentro dos partidos. Menezes afirma que buscará incansavelmente reverter essa decisão, buscando justiça perante as instâncias superiores do Partido Liberal.