Manaus – Médicos que prestam serviços de ortopedia e cirurgia no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, em Manaus, usaram as redes sociais nesta segunda-feira (16/12) para denunciar a redução de leitos no hospital. Segundo os profissionais, a mudança na gestão do estabelecimento, agora administrado pela Organização Social Agir, pode diminuir em até um terço a oferta de vagas.
A médica ortopedista Carol Antony Houagen do Instituto de Traumato-Ortopedia do Amazonas (Itoam), afirmou que a saúde do estado “regrediu muitos passos”. Em áudios e textos divulgados nas redes sociais, ela alertou que o hospital poderá reduzir drasticamente o número de pacientes atendidos. “Atualmente, 110 pessoas aguardam cirurgias ortopédicas, mas, com a redução de leitos, apenas 36 poderão ser atendidas”, disse Carol.
Alerta à população
Os médicos recomendam que a população evite recorrer ao hospital durante as festas de fim de ano devido à possível sobrecarga no atendimento e à limitação de leitos. A situação preocupa especialmente em um período em que a demanda costuma aumentar por conta de acidentes e emergências típicos das festas.
“Estamos avisando a população para que procure outras alternativas de atendimento, pois a situação no hospital está complicada”, disse um dos profissionais que preferiu não se identificar.
Governo nega problemas
Em resposta às denúncias, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) informou, em nota emcaminhada ao Portal Remador, que o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto está funcionando normalmente. Segundo a secretaria, não há qualquer problema na oferta de leitos ou atendimento à população.
A SES-AM afirmou ainda que o hospital ganhou 50 novos leitos recentemente e que a mudança na gestão, com a criação do Complexo Hospitalar Sul (formado pelo 28 de Agosto e o Instituto Dona Lindu), busca ampliar e dar mais eficiência aos atendimentos.
Atendimentos garantidos
O Remador perguntou sobre as altas dadas na denúncia, mas de acordo com a SES-AM, as altas médicas concedidas seguem os protocolos de urgência e emergência, ocorrendo apenas para pacientes com quadro clínico estável. A secretaria também destacou que tanto o Hospital 28 de Agosto quanto o Instituto Dona Lindu continuam atendendo as mesmas especialidades, 24 horas por dia, garantindo cobertura completa aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).