terça-feira, 3 de dezembro de 2024 | 23:06:51

Na noite desta quinta-feira (28/11), o Complexo Booth Line – Mercado de Origem da Amazônia, no Centro de Manaus, foi palco do DW Talk 2024, realizado pelo Club & Casa para arquitetos e designers. O evento marcou a semana de abertura do ambiente ao público e reuniu o segmento criativo da capital e convidados renomados.

O Booth Line está sendo restaurado pela Fundação Doimo com objetivo de valorizar o artesanato e a agricultura familiar e incentivar a reconstrução do centro histórico da capital amazonense, tornando-se um espaço dedicado a cultura, arte e gastronomia.

O presidente e fundador da Fundação Doimo, responsável pela restauração do complexo, Elias Tergilene, destacou que a restauração foi planejada de forma transversal e diversificada.

“É uma feirinha de artesanato, mas o Booth Line também é palco de um grande evento de arquitetura e decoração. Eu falo que o Centro de Manaus é de gente de cultura e de memórias afetivas e nós precisamos fazer grandes investimentos aqui. Para isso, os imóveis devem ser restaurados. Usamos a técnica de ocupar para restaurar para saber as necessidades do imóvel e com empreendimentos de alto padrão”, ressaltou.

Arquitetura e Design

“Um espaço como este cabe para qualquer tipo de iniciativa, mas iniciar com arquitetura traz a mensagem ‘bem habitar’ que a sociedade precisa. Movimentos como este trazem memórias afetivas e um olhar diferenciado e apurado, além do conceito de ocupação espaços abandonados como uma forma de ressignificar”, frisou o CEO do Club & Casa, Thiago Sodré.  

A abertura do espaço também foi destacada pelo designer Edson Marques Soares que prestigiou o Talk. “Eu sempre tive a preocupação da retomada do centro histórico porque nas grandes capitais no mundo inteiro o centro histórico é muito valorizado, então eu acho que é muito importante a gente buscar essa história”, ressaltou.

Profissional convidado para compartilhar seu trabalho criativo a frente da Aimi Amazônia, o designer Eben Santana falou da importância do resgate e da valorização dos saberes ancestrais.

“Tem muita gente que tem o pensamento de largar o passado e pensar somente no agora, mas o olhar com cuidado para saber por onde nossos antepassados caminharam. Na infância eu tinha curiosidade de saber como este imóvel era por dentro, então eu vejo de forma maravilhosa a revitalização”, concluiu.

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