Em um movimento que sinaliza o reconhecimento da importância do setor portuário para o desenvolvimento econômico local e regional, o prefeito de Itacoatiara, Mário Abrahim, assinou uma carta de Nada a Opor referente às operações da empresa Super Terminais. A formalização do apoio institucional ocorreu com a presença do próprio prefeito e do gerente geral do Super Terminais, Júlio de Almeida.
A carta emitida pela administração municipal valida as operações de transbordo de granéis sólidos nos modelos “Barge to Ship” (barcaça para navio) e “Ship to Barge” (navio para barcaça), destacando que tais atividades, de acordo com a documentação apresentada, não comprometem a segurança da navegação no trecho do rio Amazonas onde está localizado o terminal.
A área de operação, situada na margem esquerda do rio Amazonas, no bairro de Expansão Urbana, segue os critérios estabelecidos pela Lei Municipal nº 119/2008, que altera a Lei Complementar nº 076/2006. A prefeitura, contudo, ressalta a necessidade de consulta à Autoridade Marítima e demais órgãos intervenientes para futuras outorgas relacionadas ao comércio exterior.
A gestão municipal também reconhece o crescimento expressivo da modalidade de exportação via Terminal de Uso Privativo (TUP), sublinhando a posição estratégica de Itacoatiara como elo logístico no Arco Norte e vetor de desenvolvimento regional.
Dados recentes comprovam a relevância da Super Terminais na economia de Itacoatiara. Somente em 2024, ao longo de 102 dias, o terminal recebeu 27 navios, movimentando mais de 33 mil contêineres — o que representa aproximadamente 840 mil toneladas de carga.
A eficiência operacional também se destaca, com o terminal alcançando média de 36 Movimentos Por Hora (MPH) no píer. Em meio a uma das maiores secas já registradas na região, a empresa foi fundamental para manter o abastecimento e o funcionamento da indústria amazonense, garantindo o fluxo logístico mesmo em condições extremas.
A assinatura da carta de Nada a Opor simboliza um passo relevante na parceria entre o poder público e a iniciativa privada, mirando o desenvolvimento sustentável, competitivo e alinhado às exigências regulatórias da atividade portuária.