domingo, 1 de dezembro de 2024 | 00:10:47

Engana-se quem pensa que o medo de ir ao dentista é apenas coisa de criança: a odontofobia pode perdurar por toda a vida. Segundo um estudo realizado pela British Dental Health Foundation, entre 9% a 15% da população dos Estados Unidos – cerca de 40 milhões de pessoas – evita ir a uma clínica de odontologia porque têm medo e ansiedade

No Brasil, estimativas indicam que cerca de 2 a cada 8 indivíduos apresentam ansiedade moderada ou severa frente a um tratamento odontológico. No país, cerca de 15% da população é formada pelos chamados “ansiosos dentais”.

Para Mario de Almeida Jr., CEO e founder da Dental Company Franchising – rede de franquias de clínicas odontológicas -, o desconforto em visitar um profissional de saúde pode ser explicado pela falta de humanização que, até há alguns anos, era frequente – inclusive nas clínicas do Brasil. 

“Nos últimos anos, tem havido um crescente interesse por parte dos profissionais da saúde em adotar práticas de atendimento humanizado em suas clínicas e consultórios. São práticas que visam atuar com mais empatia com o paciente que, por vezes, chega à clínica fragilizado emocionalmente”, afirma Almeida Jr.

Para ele, um dos principais pontos que devem ser considerados pelos empresários e profissionais do setor de saúde é a importância de passar as informações mais claras o possível ao paciente e deixar que este participe das decisões sobre o tratamento. “Além disso, é necessário fornecer um ambiente e uma equipe acolhedora e focada em amenizar os níveis de estresse e ansiedade causados pelos traumas vivenciados”.

Um estudo publicado na revista Patient Education and Counseling mostrou que pacientes que recebem um atendimento humanizado relatam uma maior satisfação em relação ao cuidado recebido e uma maior confiança em seus médicos, destaca Almeida Jr. Resultado disso, esses pacientes indicam a clínica em questão para mais amigos e conhecidos.

“Em uma clínica, não se deve ver a parte financeira com o objetivo final, e sim com uma consequência do modo de atendimento”, diz ele.

No livro “Humanização e atendimento”, Maria Inez Padula Anderson discute a importância da humanização no atendimento em saúde, reporta o profissional. “A autora apresenta estratégias e técnicas para promover a humanização na relação médico-paciente, destacando a importância da empatia, do diálogo e do acolhimento”.

O CEO e founder da Dental Company Franchising explica que a obra aborda temas como a comunicação não violenta, o respeito à autonomia do paciente e a importância do cuidado integral. “O objetivo principal do livro é incentivar uma mudança cultural na área da saúde, onde o foco seja no cuidado humano e na qualidade do atendimento prestado aos pacientes”, complementa.

De acordo com Almeida Jr., estudos de caso de clínicas que implementaram a humanização em seu atendimento também são válidos, pois podem fornecer insights sobre como é possível implementar mudanças e os benefícios que isso pode trazer para os pacientes e profissionais de saúde. 

Como funciona o atendimento humanizado em clínicas odontológicas?

Para o empresário, os profissionais de saúde de uma clínica odontológica devem ser treinados, tanto recepcionistas como os doutores, para ouvirem as preocupações e necessidades dos pacientes com a máxima atenção, demonstrando empatia e interesse genuíno em suas histórias.

“Em uma clínica, devemos utilizar uma linguagem simples e acessível, evitando jargões técnicos que possam confundir ou intimidar os pacientes, que são encorajados a participar ativamente de suas decisões de tratamento, sendo informados sobre as opções disponíveis e seus potenciais benefícios e riscos”, pontua.

Ainda segundo Almeida Jr., as clínicas de odontologia devem ser projetadas para proporcionar um ambiente acolhedor e confortável aos pacientes, com o objetivo de reduzir o estresse e a ansiedade associados à experiência de cuidados odontológicos.

“Apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito em termos de atendimento humanizado no Brasil. Muitas clínicas ainda têm uma abordagem tradicional centrada na doença, em vez de se concentrar no paciente”, afirma. “Além disso, a falta de investimento em treinamento e capacitação dos profissionais de saúde pode dificultar a adoção de práticas mais humanizadas”, observa.

Para mais informações, basta acessar: https://dentalcompany.com.br/

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