Pacientes e familiares viveram momentos de tensão após o corpo de um jovem de 28 anos permanecer por mais de cinco horas dentro da enfermaria, ao lado de outros pacientes, sem ser encaminhado ao necrotério do Hospital e Pronto-Socorro Dr. João Lúcio Pereira Machado, localizado na avenida Cosme Ferreira, no bairro Coroado, zona Leste de Manaus, neste sábado (1º/11).
Segundo relatos de parentes, o homem morreu por volta das 17h, mas até 22h30 o corpo ainda estava no leito, dentro de um saco, sem a retirada oficial por falta de assinatura médica.
“Meu sobrinho morreu e o corpo ficou lá dentro, na frente de todo mundo. Já era quase 23h e ninguém deu uma solução. É uma dor imensa e ainda fazem a gente passar por isso”, desabafou a tia, emocionada.
De acordo com a mãe da vítima, a família também enfrentou dificuldades durante a internação, precisando comprar materiais básicos como luvas e oxímetro devido à falta de insumos no hospital.
“A gente teve que comprar até o básico. Agora, depois que ele morreu, nem o corpo querem liberar. É desumano”, afirmou.
Tumulto na recepção
Imagens registradas por pessoas que aguardavam atendimento mostram duas mulheres chorando e gritando por providências, enquanto seguranças tentavam contê-las. Em determinado momento, uma delas arremessa objetos em direção aos agentes, em meio ao desespero.
Segundo testemunhas, o protesto foi motivado pela demora na liberação do corpo do jovem, filho de uma das mulheres envolvidas no tumulto.
“Foi um desrespeito e uma falta de empatia com a dor de uma mãe que havia perdido o filho. Ela só queria que o corpo fosse liberado”, relatou uma testemunha nas redes sociais.
O Portal Remador entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) para obter esclarecimentos sobre o caso e aguarda resposta.












