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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (29) que pretende assinar uma ordem executiva para instruir o Departamento de Defesa a transferir imigrantes ilegais considerados criminosos para a prisão militar de Guantánamo, em Cuba. O local, conhecido por abrigar suspeitos de terrorismo desde os ataques de 11 de setembro de 2001, é alvo de críticas por parte de organizações de direitos humanos.

Justificativa e nova estrutura

Segundo Trump, a medida faz parte de um amplo esforço para fortalecer a segurança nacional e impedir que imigrantes ilegais com histórico criminal permaneçam nos Estados Unidos. “Temos 30 mil leitos em Guantánamo para deter os piores criminosos ilegais que ameaçam o povo americano”, declarou o presidente em pronunciamento na Casa Branca.

Trump também anunciou que um novo centro de detenção será criado dentro do complexo de Guantánamo, separado das instalações que atualmente abrigam 15 detentos acusados de terrorismo, conforme relatório do Pentágono divulgado no início de janeiro. “Isso vai dobrar a nossa capacidade, e Guantánamo é um lugar difícil de fugir”, reforçou.

Apoio ao Laken Riley Act

O anúncio ocorreu antes da assinatura do Laken Riley Act, lei que determina a detenção obrigatória de imigrantes ilegais acusados de crimes violentos. Trump pediu ao Congresso a liberação de recursos para “retomada da soberania das fronteiras” e remoção de imigrantes em situação irregular no país.

Críticas e preocupações internacionais

A decisão de Trump gerou reações imediatas de grupos de direitos humanos, que criticam a utilização de Guantánamo para manter imigrantes em detenção indefinida sem julgamento formal. A prisão militar tem histórico de violações de direitos humanos e tortura, conforme relatórios de organizações internacionais.

Especialistas também alertam para as implicações diplomáticas da medida, já que muitos dos imigrantes ilegais são oriundos de países latino-americanos, cujos governos podem questionar a legalidade e a justificação da iniciativa. Até o momento, a administração Trump não detalhou como será feita a seleção dos detentos transferidos para a instalação cubana.

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