Questão proeminente no Festival Folclórico de Parintins, a entrada de alimentos e bebidas com os torcedores no Bumbódromo está a um passo de ser permitida. O Projeto de Lei Ordinária nº 55/2022, de autoria da vereadora Brena Dianná (União Brasil), foi aprovado por unanimidade em sessão plenária, nesta segunda-feira (17), na Câmara Municipal.
Segundo o texto aprovado, “fica estabelecido a autorização de entrada de alimentos e bebidas (não alcoólicas) para consumo próprio dos usuários do Bumbódromo”. Quanto aos recipientes, estão proibidos os de “vidro, metal ou qualquer objeto cortante para armazenamento”.
A parlamentar explicou o caminho até a aprovação. “O projeto passou pela Comissão de Constituição e Justiça, onde verificou-se a legalidade, e a comissão se posicionou favorável, partindo para a votação em plenário e todos os vereadores presentes o aprovaram”, disse. A lei segue para sanção do prefeito Bi Garcia (União Brasil). Após sancionada, Município e Estado serão os responsáveis pela fiscalização e aplicação.
Histórico – A entrada de alimentos e bebidas, especialmente água, é impedida no Bumbódromo durante o Festival há, pelo menos, oito edições do evento. A medida penaliza os torcedores de Caprichoso e Garantido que ocupam as arquibancadas das galeras – que são gratuitas e muito concorridas. Os portões de acesso são abertos às 15h e os espetáculos têm início somente às 20 horas.
“O projeto de lei é consequência de um clamor da população. As filas para entrada no Bumbódromo se formam desde as 7 da manhã, porque muitas pessoas não têm condições financeiras de pagar ingressos de arquibancada especial, e veem ali a oportunidade de assistir o Festival”, conta a vereadora.
Em 2017, houve uma tentativa de tabelamento de valores por meio de acordo comercial entre a Comissão Organizadora e concessionários de venda de bebidas. Entretanto, na edição de 2022, inúmeros torcedores relataram preços abusivos praticados no Bumbódromo – como garrafa de água vendida por R$ 8 a R$ 10.
“Os valores cobrados dentro do Bumbódromo por uma água ou um sanduíche são lesivos às pessoas que vão ao Festival. Hoje estou vereadora, mas fui item do Caprichoso, sou torcedora, conheço as necessidades das associações e levo isso à Câmara. Essa lei é uma importante conquista, a gente espera que o prefeito reconheça essa necessidade e sancione-a para favorecer todos que virão ao Festival ano que vem”, concluiu.
Confira o projeto de lei: