Em Borba, a 210 quilômetros de Manaus, o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Roberto Cidade (UB), vistoriou as condições críticas do porto do município, que permanece completamente inoperante após a colisão de um comboio de balsas carregadas de soja com a plataforma portuária, no dia 23 de fevereiro deste ano.
Durante a visita, o parlamentar reforçou a cobrança por uma ação urgente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), tanto para a recuperação definitiva quanto para uma solução emergencial que evite o agravamento da situação. “Borba não pode ficar isolada por via fluvial. Se o porto não funcionar, como os ribeirinhos virão? Como os comunitários vão escoar seus produtos?”, questionou o deputado.
Um dia após o acidente, em 24 de fevereiro, Roberto Cidade já havia apresentado o requerimento nº 537/2025 ao DNIT, pedindo providências imediatas. À época, o superintendente do órgão no Amazonas, Orlando Fanaia, entrou em contato com o parlamentar para informar que medidas estavam sendo planejadas. No entanto, passados mais de 40 dias, nenhuma intervenção foi efetivamente realizada.
“Vamos marcar uma nova reunião com o superintendente e pedir que venha à Borba ver a realidade. O povo está sofrendo. Sem o porto, não há como receber ou escoar mercadorias. É urgente que o DNIT intervenha”, enfatizou Cidade.
O prefeito de Borba, Toco Santana, também cobrou providências. “Já se passaram quase 45 dias e nada foi feito. A plataforma já está parcialmente submersa. Podemos perder o porto por completo com a força da enchente. É preciso, no mínimo, retirar a estrutura do local para atender a população”, alertou.
A paralisação das atividades portuárias compromete não apenas a mobilidade de moradores e ribeirinhos, mas também a economia local. O porto é o principal ponto de chegada de turistas que participam dos tradicionais festejos de Santo Antônio de Borba, evento que movimenta intensamente o comércio do município durante o mês de junho.