quarta-feira, 27 de novembro de 2024 | 02:41:43

Lisboa (Portugal) – Depois do acordo alcançado em outubro entre Conselho Europeu e Parlamento Europeu, a votação no Parlamento oficializa a intenção de proibir a venda de veículos novos a combustão a partir de 2035.

Até 2035, continuarão a ser comercializados carros a gasóleo e gasolina e mesmo depois desse ano continuarão a poder circular, mas no que diz respeito à compra de carros novos, só haverá uma opção: veículos zero emissões. E isso, atualmente, quer dizer veículos elétricos.

Mas o secretário-geral da ACAP sublinha que em 2035, o cenário pode ser outro e um veículo de emissões zero CO2 pode não se reduzir a um elétrico. “Em 12 anos, muita tecnologia pode surgir e pode haver outro tipo de soluções que cumpram o que foi dito agora em relação às emissões zero”, como poderiam ser os combustíveis sintéticos.

Para isso, Hélder Barata Pedro destaca a avaliação intercalar que vai acontecer em 2026. Além da evolução da tecnologia, também a situação socioeconómica pode levar à revisão de exceções na lei, e o secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal lembra que a redução do preço para o consumidor será crucial para a renovação possível do parque automóvel, tal como o acesso a uma rede de carregamento eficiente.

São desafios que deverão ser respondidos nos próximos anos, mas Hélder Pedro Barata lembra que levará muito tempo até que se diminua “significativamente o parque automóvel no que diz respeito aos veículos a combustão interna”, acrescentando que as vendas de elétricos e híbridos têm vindo a subir em Portugal.