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Manaus — Entra em operação, nesta segunda-feira (27/10), o novo pronto atendimento do Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Dr. Aristóteles Platão Bezerra de Araújo, na zona leste de Manaus. A unidade da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) passa a adotar o modelo Fast Track, com fluxo específico para casos de baixa complexidade, enquanto pacientes graves seguem para setores especializados do hospital — estratégia que reduz o tempo de espera e aumenta a resolutividade do serviço.

O Fast Track prevê que pacientes de baixa complexidade sejam atendidos diretamente no pronto atendimento, com os médicos indo até eles, e tenham o caso resolvido em até uma hora. Os atendimentos mais graves serão direcionados conforme o protocolo, garantindo encaminhamento a áreas de maior complexidade quando necessário.

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O novo fluxo utiliza o Sistema Manchester de Classificação de Risco, protocolo internacional que prioriza o atendimento segundo a gravidade do quadro clínico. “Cada paciente será classificado de acordo com o grau de complexidade do caso e terá um tempo máximo específico para atendimento. Isso vai dar agilidade e resolutividade aos casos de maneira eficiente e com qualidade. O Fast Track é um modelo que já é usado em outras unidades da rede estadual e, no Platão Araújo, tem como diferencial a postura ativa da equipe indo até o paciente, ou seja, a população sendo o centro do atendimento”, afirmou a secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud.

Segundo o diretor-geral do HPS Platão Araújo, Juliano Botero, o atendimento será multidisciplinar, integrando médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistência social e recepção. “A cada plantão de 12 horas teremos uma equipe de sete médicos, seis enfermeiros e 12 técnicos de enfermagem atuando na assistência do paciente”, destacou.

A diretora técnica do Platão Araújo, médica Michele Oliveira, detalhou as etapas do atendimento: retirada de senha no totem de entrada, chamada na recepção para cadastro, triagem — fase em que o paciente é classificado conforme histórico e gravidade — e encaminhamento conforme cores de risco. Pacientes de baixa complexidade receberão pulseira azul ou verde e aguardarão atendimento no Fast Track; casos classificados como laranja (grave) e amarela (urgente) seguirão para os espaços correspondentes, onde serão atendidos por equipes dedicadas.

“No Fast Track, o paciente é chamado, atendido por um médico, que avalia os sintomas e o encaminha para medicação ou realização de procedimento como curativo. O tempo de resolução do caso desse paciente é de até uma hora”, explicou Michele. “Na sala amarela o tempo médio de resolução é de até 8 horas e na laranja até 24 horas após o atendimento inicial. Esse é o tempo estimado para que a equipe médica defina se o paciente receberá alta, precisará ser internado ou passará por cirurgia, por exemplo.”

Para acomodar os novos fluxos, o pronto atendimento passou por obras de reforma e reestruturação. A área agora conta com recepção, sala de triagem, sala de medicação, sala de procedimento, áreas amarela, laranja e Fast Track, posto de enfermagem e médico, farmácia satélite e banheiros — estrutura pensada para agilizar o fluxo de pacientes e melhorar a qualidade do atendimento de urgência e emergência na região.

Com a adoção do modelo Fast Track, a SES-AM busca reduzir filas, aumentar a capacidade de resolução no primeiro atendimento e melhorar a experiência do paciente, colocando a logística clínica e a priorização por risco no centro da estratégia de atendimento.

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