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O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) realizou, na terça-feira (14/10), o resgate de sete animais silvestres em diferentes bairros de Manaus. A ação foi coordenada pela Gerência de Fauna (Gfau) do órgão, após o recebimento de chamados da população.

Foram resgatados um filhote de ave ainda não identificado, uma iguana (Iguana iguana), um urubu (Coragyps atratus), um gavião-carijó (Rupornis magnirostris), um periquito-de-asa-branca (Brotogeris versicolurus), um pariri (Geotrygon montana) e uma corujinha-do-mato (Megascops choliba).

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As ocorrências foram registradas nos bairros Flores (zona centro-sul), Santo Antônio (zona oeste), Aleixo (zona centro-sul), São José Operário (zona leste), Colônia Antônio Aleixo (zona leste), Crespo (zona sul) e Santa Etelvina (zona norte). Em todos os casos, os animais estavam feridos ou em situação de risco.

O diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, destacou a importância da colaboração da população durante os resgates. “A participação da sociedade é essencial no processo de resgate. Sempre orientamos que, ao encontrar um animal silvestre ferido ou fora do seu habitat, a população acione imediatamente a Gerência de Fauna, evitando manusear ou alimentar o animal. Assim garantimos um resgate seguro e o encaminhamento correto para reabilitação”, afirmou.

A coordenadora da Gerência de Fauna do Ipaam, Sônia Canto, reforçou os cuidados que devem ser observados em situações como essas. “Muitas vezes as pessoas tentam ajudar dando pão, farinha ou frutas, mas esses alimentos podem causar danos sérios à saúde das espécies. O mais seguro é acionar o Ipaam e aguardar a equipe especializada. Vale destacar que não recebemos animais diretamente na sede do Ipaam. A população deve entrar em contato conosco e iremos até o local”, ressaltou a coordenadora.

Resgates registrados

No bairro Flores, a estudante de Enfermagem Maria Antonieta encontrou um filhote de ave no sítio da família, em Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros de Manaus), e acreditava se tratar de um sanhaço. “Nós estávamos cuidando dele. Fizemos um ninho improvisado para ele passar o dia e, à noite, o levávamos para casa. O alimentamos com uma papinha de ração de cachorro e água morna. Ele estava com muita fome”, relatou.

O assessor ambiental da Gfau, Gilson Tavernard, explicou que a identificação de filhotes de aves é uma tarefa difícil. “Nessa fase, ainda sem penas formadas e olhos fechados, é quase impossível confirmar 100% a espécie apenas pela aparência. Outras aves onívoras urbanas, como o bem-te-vi (Pitangus sulphuratus) ou o suiriri (Tyrannus melancholicus), podem ter aparência semelhante nos primeiros dias”, destacou.

No bairro Santo Antônio, as amigas militares Daniele Alencar e Cibelly Lopes acionaram a equipe após encontrarem uma iguana ferida em um condomínio. “Minha amiga passou de carro e viu que a iguana havia sido atropelada e estava com o rabo ferido. Nós cuidamos dela até o resgate, dando água e observando o estado de saúde”, relataram.

No Aleixo, o técnico de segurança do trabalho Hellyton Rodrigues localizou um filhote de urubu durante uma inspeção em uma empresa de sucatas. “Assim que vi o filhote, acionei o setor de gestão ambiental e, depois, entrei em contato com a Polícia Militar, que indicou o contato com a Gfau do Ipaam para o resgate”, explicou.

No São José, Célia Melo solicitou o resgate de um gavião-carijó que estava ferido e sem conseguir voar. “O gavião estava na árvore do meu quintal. Outros pássaros o atacaram e machucaram a cabeça. Tentamos colocá-lo de volta, mas ele caía. Então chamamos o Ipaam”, contou.

Na Colônia Antônio Aleixo, o técnico de segurança do trabalho Jardison Oliveira encontrou um periquito-de-asa-branca ferido no jardim de uma empresa. “O periquito foi encontrado após rolar a ribanceira do local, com a patinha sangrando. Demos água e bolachinha molhada e acionamos o Ipaam”, disse.

No Crespo, o empacotador Dime França acionou o órgão após uma ave se chocar contra o vidro de um supermercado. “Encontramos o pariri hoje de manhã, depois que ele bateu no vidro e machucou o bico. Entramos em contato com a Gfau para o resgate”, relatou.

Já no bairro Santa Etelvina, Ana Oliveira encontrou uma corujinha-do-mato debilitada debaixo da caixa do ar-condicionado de sua casa. “Nós não demos nada para ela beber nem comer. Ela já estava assim quando a encontramos, logo pela manhã. Moramos em uma área com muito mato ao redor e não sabemos o que aconteceu. Pedi para o meu filho pegá-la e colocamos no sofá até o resgate chegar”, contou.

Todos os animais foram encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), localizado no Distrito Industrial, zona sul de Manaus, onde passarão por avaliação veterinária. Após o período de reabilitação, serão devolvidos ao habitat natural.

O Ipaam reforça que o resgate de animais silvestres pode ser solicitado à Gerência de Fauna pelo WhatsApp (92) 98438-7964, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.

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