A família de Benício Xavier de Freitas, criança que morreu após atendimento médico em Manaus, protocolou uma Denúncia Ético-Profissional junto ao Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM). O objetivo é apurar a conduta dos profissionais envolvidos no atendimento prestado ao menino, tanto no pronto-socorro quanto na unidade de terapia intensiva (UTI).
Segundo nota oficial divulgada à imprensa, a denúncia é baseada em documentos formais do próprio hospital, incluindo prontuários médicos, prescrições e registros de evolução clínica. Esses documentos indicariam a administração indevida de adrenalina por via endovenosa, procedimento que teria provocado um quadro grave de intoxicação medicamentosa, levando à internação de Benício na UTI e, posteriormente, à sua morte.
De acordo com a família, os fatos apresentados ao CRM-AM não se baseiam em suposições, mas em registros técnicos oficiais, como prontuários médicos e relatórios de enfermagem. Diante da gravidade do caso, os pais optaram por submeter a situação às instâncias éticas competentes, respeitando o devido processo legal.
“A decisão de levar o caso ao Conselho de Medicina visa garantir uma apuração rigorosa da verdade e a responsabilização ética dos envolvidos”, destaca a nota assinada por Bruno Mello de Freitas, pai de Benício, e pelo advogado da família, Ricardo Tavares de Albuquerque.
A família também ressaltou que não busca exposição midiática ou qualquer tipo de vingança. O foco, segundo o comunicado, é a segurança do paciente, para que falhas semelhantes não se repitam e outras famílias não enfrentem a mesma dor.
Por respeito ao sigilo que rege os procedimentos ético-profissionais, a família informou que detalhes adicionais do caso serão tratados exclusivamente nos autos próprios, nas esferas ética, civil e penal.
