O ex-gerente de hospitais e fundações do Estado do Amazonas, Michael Lemos, fez uma denúncia pública nesta segunda-feira (18), após ser exonerado do cargo. Em vídeo divulgado nas redes sociais, ele afirmou a existência de um esquema de corrupção passiva dentro da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), envolvendo o pagamento de propina a servidores e gestores para que empresários consigam receber pelos serviços prestados.
Segundo Lemos, empresários estariam pagando de 30% a 50% em propinas para receber valores atrasados da pasta. Ele citou nominalmente a secretária de Saúde, Naiara Matsurdi, e a secretária do Fundo Estadual de Saúde, Nívia, além de outros servidores, como responsáveis por manter o suposto esquema.
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O ex-gestor também afirmou que dentro da Secretaria da Fazenda (Sefaz) atuaria uma “quadrilha” que cobra porcentagens para liberar pagamentos. Ele garantiu que levará à Polícia Federal provas documentais e em vídeo para sustentar as denúncias.
Durante o pronunciamento, Lemos ainda acusou a atual gestão de perseguir servidores da saúde, como enfermeiros e técnicos, que estariam sofrendo ameaça de exoneração em massa. Ele também criticou a atuação das Organizações Sociais (OSs) que administram unidades de saúde no estado, classificando-as como “máquinas de corrupção”.
O ex-gerente ressaltou que não compactua com as práticas relatadas e responsabilizou o governo estadual caso sofra algum tipo de retaliação.
Até o fechamento desta matéria, a SES-AM e o Governo do Amazonas ainda não haviam se pronunciado sobre as acusações.
