A Polícia Civil investiga o assassinato de Santrosa, uma empresária, cantora e suplente de vereadora de 27 anos, encontrada morta no domingo (10), em uma área de mata na zona rural de Sinop, em Mato Grosso. O corpo de Santrosa foi encontrado já sem vida e com sinais de violência, incluindo decapitação e mãos e pés amarrados. Até o momento, ninguém foi preso e a motivação do crime ainda é desconhecida.
Santrosa, que era uma mulher trans, desapareceu na manhã de sábado (9), após sair de casa para um compromisso profissional. Ela tinha um show marcado para a noite daquele dia, mas não retornou e não compareceu. Familiares começaram a procurar por ela e, no domingo, o corpo foi encontrado em uma área rural da cidade.
Além de sua carreira como empresária, Santrosa era conhecida por sua atuação como cantora. Ela mantinha um canal no YouTube, onde compartilhava suas músicas, e tinha mais de 4 mil seguidores na plataforma. No Instagram, ela acumulava mais de 11 mil seguidores, que a acompanhavam também em suas postagens sobre a música e sua vida pessoal.
Nas últimas eleições municipais, Santrosa se candidatou a vereadora pelo PSDB, defendendo pautas relacionadas à cultura e à inclusão de comunidades periféricas de Sinop. Embora não tenha sido eleita, ficou como suplente e havia expressado nas redes sociais o desejo de ser a primeira mulher trans a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de Sinop.
A morte de Santrosa gerou comoção nas redes sociais e, em nota, a Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso lamentou o crime e anunciou que acionou o Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia para ajudar nas investigações. A associação cobrou das autoridades uma apuração rigorosa para que a motivação do crime seja esclarecida.
O caso segue sob investigação pela Delegacia de Sinop, que ainda não tem informações sobre suspeitos ou pistas sobre os responsáveis pela morte de Santrosa.
