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Palco este ano, na cidade de Belém do Pará, da mais importante conferência climática do mundo – a COP30 – a Amazônia é celebrada oficialmente em 5 de setembro. Para fortalecer a conscientização sobre o maior bioma brasileiro e os outros cinco existentes no Brasil, organizações, movimentos e coletivos da sociedade civil estão promovendo, durante todo este mês, em pelo menos oito estados, mais de 20 atividades para ampliar as mensagens sobre a emergência climática.

Com o mote “Celebrar a Amazônia e os biomas é soberania”, as ações, de formas distintas, abordarão as ameaças e a crise climática como fatores relevantes para a soberania nacional e o dia a dia das pessoas e do planeta, já que soberania também significa proteger os povos, a terra e a vida. Ao mesmo tempo, os organizadores de cada atividade pretendem comemorar a abundância da Amazônia e dos demais biomas brasileiros, em uma mensagem de otimismo.

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Ao celebrar a Amazônia e todos os biomas, os organizadores querem reforçar a potência dos povos originários e das comunidades tradicionais, quilombolas, ribeirinhas e camponesas, que são referência inclusive para as populações urbanas. A importância das comunidades e territórios para a proteção da Amazônia e dos demais biomas deve ser reconhecida, e aponta caminhos como resposta a uma urgência real, uma vez que os impactos das mudanças climáticas já são sentidos na rotina das populações, no Brasil e no mundo. Por isso, a data também é um chamado global no circuito de mobilizações para a COP30.

Para as organizações, movimentos e coletivos envolvidos nas ações, celebrar a Amazônia é provar que há um caminho possível, justo e coletivo que não a devastação. São elas: Associação Cultural Na Cuia – Comitê de Comunicadores Populares das Baixadas de Belém; Associação Intercultural de Hip-Hop Urbanos da Amazônia; Coletivo Reocupa; Comissão Solidária Vila da Barca; Coletivo Etinerâncias – Assessoria Popular em Redes de Cuidado e Direitos Humanos; Fórum Paraense de Juventudes; Instituto Clima e Sociedade (iCS); Instituto Mapinguari; labExperimental e Condô Cultural; Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB); Observatório do Marajó; Projeto Aldeias; Rede Emaranhadas e Seja Democracia.

Nas redes sociais, as organizações estão convocando toda a sociedade a se mobilizar pela Amazônia no dia 5 de setembro, utilizando as hashtags #DiadaAmazonia2025 e #CelebrarASoberania.

Veja abaixo a programação para o Dia da Amazônia nas diferentes localidades:

Dia 4 de setembro:

Brasília (DF) – O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) fará uma sessão em Homenagem ao Dia da Amazônia no Plenário da Câmara dos Deputados às 14h e um ato no Congresso da campanha “A Resposta Somos Nós”.

Coronel Vivida (PR) – O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) promoverá a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Amazônia e da Soberania, no Pavilhão do bairro Nossa Senhora Aparecida, das 9h às 13:30.

Dia 5 de setembro:

Belém (PA) – A Organização Seja Democracia e o Cursinho Popular Ágora farão uma aula pública com três estações. Na primeira, “COP30 na Quebrada”, haverá um debate sobre como megaeventos intensificam vulnerabilidades; na segunda, “Saberes Ribeirinhos”, serão mesclados o conhecimento tradicional e a ciência climática; na terceira, “Lambe-lambe Poético”, serão colados trechos de fanzines como intervenção urbana. Durante a aula, os materiais produzidos serão distribuídos gratuitamente, convertendo o espaço em um manifesto vivo. Às 8:30, no Pontão de Icoaraci – Travessa do Cruzeiro com Rua Siqueira Mendes.

Belém (PA) – A Comissão Solidária Vila da Barca promoverá uma feira gastronômica com participantes do “Roteiro Cozinha Periférica”, projeto que formou mais de 20 mulheres ao longo de quatro meses em “Conhecimento Histórico e Ancestral”, “Empreendedorismo”, “Técnicas de Fogo e Fogão” e “Noções de Marketing Digital”. Durante o festival, as participantes apresentarão seus pratos, que concorrerão ao prêmio “Cozinha Criativa Periférica”, com votos do público presente. Haverá apresentações culturais, espaços para fomentar a economia criativa e ações de artivismo e práticas sustentáveis. Comunidade da Vila da Barca – Travessa Magno de Araújo & Rua Professor Nelson Ribeiro,Telégrafo, Belém. Às 17h.

Belém (PA) – Dentro do projeto “Dia da Amazônia: Juventudes que Ecoam”, organizado pelo Fórum Paraense de Juventudes – coletivos e lideranças jovens do Pará, com apoio do programa Fortalecendo Legados & Ampliando Horizontes, haverá rodas de conversa, exibição de filmes, oficinas, intervenções urbanas e experiências sensoriais que conectam ancestralidade, ecologia, inovação e cultura popular. Na Casa Aberta (Rua Ó de Almeida 1062 – Reduto), haverá, das 14h às 16h, a roda de conversa “Amazônia Is Burning: Um Diálogo entre Clima e Cultura Ballroom”, com Watare Maniva. E, das 16h às 18h, a vivência cultural “Acarimbolando a Amazônia ao Som da Natureza”, com Roberto Porto. Inscrições pelo formulário Link.

Belém (PA) – O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) fará uma ação de visibilidade e distribuição de mudas no Guamá, na entrada da Universidade Federal do Pará, das 8h às 12h.

Ananindeua (PA) – A Associação Cultural Na Cuia e o Comitê de Comunicadores Populares das Baixadas de Belém lançam a Campanha #ClimaDeVerdade, com uma série de formações, escutas e produções comunitárias. Será na comunidade do Açaizal, com roda de conversa com a temática: Vozes da Periferia contra a Desinformação Climática Com Samilly Maré Cheia (IBAMCA), Xan Marçall (Casa Cura) e Paulie (Na Cuia) e roda de conversa de Cartografia Afetiva com Beatriz Lacerda (Afroamazonida). A atividade vai acontecer das 9h às 17h, com café da manhã e almoço coletivo, na Casa Cura. Mais informações e inscrições: Link

Manaus (AM) – O Festival Grito Rua, no Formigueiro Skate Park, no Parque da Juventude Ajuricaba, bairro São José Operário, das 16h às 23h, reunirá DJs, batalhas de rima, intervenções artísticas, campeonato de skate, feira criativa de empreendedores locais e espaço kids, oferecendo uma programação diversa e acessível para toda a família. O evento é uma iniciativa da Associação Intercultural de Hip-Hop Urbanos da Amazônia – AIHHUAM, em parceria com o coletivo Orígenas. Mais do que entretenimento, o Grito Rua é um chamado à ocupação dos espaços públicos e à valorização da cultura como instrumento de transformação social e ambiental.

Manaus (AM) – O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) promove o 31° Grito dos Excluídos e Excluídas 2025, com concentração na Rotatória Novo Aleixo, Alameda Alphaville, às 15h.

São Paulo (SP) – O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) fará o “Sextou em Defesa da Amazônia e da Soberania”, com concentração no Teatro Municipal no Centro, às 16h.

Porto Velho (RO) – O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) promoverá um ato em defesa da Amazônia, no Baixo Rio Madeira, às 9h.

Dia 6 de setembro:

Belém (PA) – Dentro do projeto “Dia da Amazônia: Juventudes que Ecoam”, organizado pelo Fórum Paraense de Juventudes, com apoio do programa Fortalecendo Legados & Ampliando Horizontes, haverá rodas de conversa, exibição de filmes, oficinas, intervenções urbanas e experiências sensoriais que conectam ancestralidade, ecologia, inovação e cultura popular. Na Casa Aberta (Rua Ó de Almeida 1062 – Reduto), será realizada, das 10h às 11h, a oficina híbrida “Gênero, Justiça e Transição Energética”, com a Aliança de Juventude por Governança Energética. Das 11h às 12:30, a oficina de lambe-lambe “Amazônia que Grita” + preparação para colagem coletiva, com o Coletivo Lambe pela Democracia. Das 12:30 às 14h, almoço coletivo. Das 14h às 15h, a oficina presencial “Territórios, Justiça Climática e Racismo Ambiental”, com Luísa da Silva. Das 15h às 16h, roda de conversa LGBTQIAPN+ – “Corpos Amazônicos em Movimento”, com Samara Cheetara. Das 16h às 17h, café no Armazém do Campo. Inscrições pelo formulário Link

Altamira (PA) – O projeto Geração Amazônia na Praça dos Sonhos, promovido pela iniciativa Aldeias, leva ao bairro Santa Benedita uma programação voltada para o público infanto-juvenil, no dia 6 de setembro. Das 16:30 às 20h, na Praça dos Sonhos (Rua Alércia Orlandina Cerezer Dazalem 1.484), atividades de muralismo com temática referente à Amazônia; exibição de vídeos educativos sobre mudanças climáticas, justiça climática, comunidade e cidadania; e apresentação teatral de crianças e adolescentes do bairro sobre meio ambiente e clima.

São Paulo (SP) – Nos dias 6 e 7 de setembro, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) fará uma ação de colagem de lambes na Zona Leste e no Centro, em defesa da Amazônia e da soberania.

Dia 7 de setembro:

Belém (PA) – No Grito dos Excluídos, a partir das 9h, o Fórum Paraense de Juventudes promoverá uma colagem coletiva no Grito dos Excluídos (ação pública), do Coletivo Lambe pela Democracia. Inscrições pelo formulário Link.

Dias 18 a 21 de setembro:

São Luís (MA) – A 5ª edição da Feira Emaranhadas: Mulheres e Suas Resistências na Amazônia Maranhense será realizada em 18 de setembro, das 9h às 16h, em alusão ao Setembro Amazônico. A feira, que ocupará a Praça Deodoro – Centro de São Luís, visa a fomentar a economia criativa e solidária, promover a autonomia econômica de mulheres e valorizar a cultura amazônida maranhense. O evento, promovido pela Rede Emaranhadas, reúne expositoras urbanas e rurais, priorizando mulheres negras, indígenas, quilombolas e periféricas que atuam com práticas sustentáveis. Além da comercialização de produtos artesanais, agroecológicos, moda sustentável e gastronomia regional, o espaço promove o intercâmbio de saberes, fortalecendo redes colaborativas entre mulheres de diferentes territórios.

São Paulo (SP) – Em 20 de setembro, das 11h às 21h, acontece em São Paulo, no Tendal da Lapa, a 4ª edição do Festival Baile na Terra, que desde 2022 conecta música, arte e debate sobre o clima, no mês em que se comemora o Dia da Amazônia (05/09). Com realização do labExperimental e do Condô Cultural, em 2025, o festival apresenta o tema “A Hora da Onça Beber Água”, destacando a onça-pintada (îagûareté) como guardiã dos biomas brasileiros, símbolo de resistência indígena e indicador de ecossistemas saudáveis.

A programação é gratuita e aberta ao público. O Baile na Terra 2025 reúne artistas de diferentes territórios e estilos musicais, unindo sons que vão do carimbó ao reggae, do manguebeat ao pop. Além dos shows, o evento conta com cortejo, gastronomia agroecológica, feira de produtos indígenas, oficinas e ações de mobilização social pela preservação das florestas e dos povos que nelas vivem.

Macapá (AP) – O “ATP Apresenta”, evento que será realizado no dia 20 de setembro, dá continuidade ao Festival Amazônia Terra Preta, iniciativa do Instituto Mapinguari. A programação inclui a apresentação dos dados de uma pesquisa de opinião sobre visões de desenvolvimento socioeconômico na região e sua relação com a vida cotidiana na busca por justiça climática, assim como intervenções artísticas, espaço de escuta e reflexão com atenção a recortes de gênero, raça e faixa etária para redesenhar possibilidades de futuro. O local será divulgado em breve.

Marajó (PA) – A Festividade Poraquê vai reunir comunidades do Marajó para celebrar o Dia da Amazônia. Desde 2023, o evento é realizado pelo Observatório do Marajó. Neste ano, ocorrerá nos municípios de Salvaterra e Muaná, em comunidades ribeirinhas e quilombolas, dentro da mobilização Vozes da Amazônia. É um momento de comemoração e fortalecimento comunitário, com ações como discussão das agendas e questões locais, compartilhamento de conhecimento por meio de oficinas, atividades culturais, exibição de curtas comunitários e jogos. Durante a programação, que acontece nos dias 20 e 21 de setembro entre 9h e 16h, em Salvaterra e Muaná, serão debatidos temas como justiça climática, transição energética, direitos humanos e territoriais.

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