quarta-feira, 4 de dezembro de 2024 | 00:00:04

Os portões para o show mais aguardado do ano, em Belém do Pará, foram abertos às 18h de sábado (23). O estacionamento do estádio Mangueirão foi tomado por centenas de milhares de pessoas vindas de vários locais do estado para assistir ao início da turnê AUREA de Alok que, a partir do ano que vem, irá rodar as capitais brasileiras.

A apresentação foi acompanhada ao vivo pelo canal do Youtube do artista a partir das 22h quando os primeiros feixes de lasers iluminaram o céu quente paraense. O horário de início do espetáculo foi pensado para que o público de todas as idades tivesse a oportunidade de presenciar algo desenvolvido exclusivamente para Belém, um show que celebrasse a diversidade cultural paraense e conectasse à discussão mundial sobre sustentabilidade.
 

Drones sincronizados à música de Alok emocionaram não apenas as pessoas no local do show, mas àqueles que estavam aos arredores também, já que os maquinários podiam ser vistos a quilômetros de distância. À uma altura de 150 metros, eles esculpiram o céu da cidade fazendo referência à COP 30 e interagindo com a estrutura do palco em formato de pirâmide simbolizando uma árvore sendo germinada.
 

Joelma trouxe sua inigualável presença de palco e o ritmo contagiante do Calypso; Gaby Amarantos mostrou a potência de sua voz e a energia do tecnobrega; Viviane Batidão não deixou ninguém parado e fez o baile; Zaynara hipnotizou a todos com o seu beat melody; Pinduca provou a força que o carimbó tem por onde passa. Juntos a Alok, eles transformaram o Mangueirão em uma grande aparelhagem completada com a sequência de “Rock Doido”, em parceria com DJ Elison. Zeeba, músico que participa de toda a turnê AUREA, apresentou com Alok o novo trabalho “Sky’s blue”.
 

Um dos momentos mais intimistas e reflexivos do show foi quando artistas indígenas que compõem o álbum “O Futuro É Ancestral” ocuparam a base da pirâmide para entoar seus cantos sagrados. Mapu Huni Kuin, Owerá, Brô MC’s, Yawanawás, Célia Xakriabá, Kaingang e Guarani Nhandewa mergulharam o público nos relatos cotidianos sobre a fauna, flora e a preocupação ambiental como guardiões das florestas, lembrando que dentro de um ano o mundo estará ali, no coração amazonense, para discutir ações de combate às mudanças climáticas. Soma-se a esse grupo o trabalho visual da artista paraense Roberta Carvalho que apresentou a série Symbiosis, combinando ancestralidade e tecnologia , explorando a relação entre a floresta e as comunidades amazônicas por meio de projeções que evocam a força da natureza profunda entre as pessoas e o território. Esse conteúdo de valorização do pensamento amazônico, da sabedoria de cuidar da floresta, foi exibido nos dois mil painéis de led que compõem a pirâmide.
 

Por onde a nave Áurea passar deixará contribuições para um futuro sustentável, como por exemplo, apoio a projetos de reflorestamento. Para a Amazônia, em breve, serão anunciadas ações do Instituto Alok para restauração de áreas degradadas no Pará e no Acre. Além disso, todos os shows têm estratégias de compensação de CO2.
 

O início da AUREA Tour ganhou destaque no noticiário internacional. A Billboard norte-americano apontou a relação de Alok com os povos indígenas e seu engajamento nas causas sociais. Antes, o canal ABC News nomeava Alok como “Ministre of Music” exatamente pelo envolvimento na preservação da sabedoria dos povos da floresta.
 

Em Belém, foi uma noite memorável não apenas na área cultural e turística, mas na social também, já que Alok doou o seu cachê integral à Santa Casa de Misericórdia da cidade. O show teve força tarefa conjunta entre a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará incluindo Polícia Militar, Polícia Civil, Detran, Semob e Guarda Municipal.
 

O evento foi apresentado pelo Banco do Brasil com patrocínio master da Vale, patrocínio do Governo do Pará, Estrella Galícia e Vivo, apoio de Stanley e produção da 30e.

Compartilhe