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Bolsonaro teria tentado romper tornozeleira eletrônica horas antes de ter prisão decretada, aponta decisão de Moraes

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Bolsonaro teria tentado romper tornozeleira eletrônica horas antes de ter prisão decretada, aponta decisão de Moraes
Ex-presidente Jair Bolsonaro — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo.
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria tentado romper sua tornozeleira eletrônica durante a madrugada deste sábado (22), segundo aponta a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou sua prisão preventiva. O episódio ocorreu no mesmo dia em que a ordem de prisão foi expedida.

De acordo com Moraes, o equipamento apresentou sinais de violação por volta de 0h. A ocorrência foi comunicada pelo Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal. Para o ministro, a tentativa de romper a tornozeleira reforça o risco de fuga do ex-presidente.

“A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, escreveu o ministro.

Vigília e possível facilitação de fuga

A decisão também menciona a convocação feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que pediu que apoiadores realizassem uma vigília na noite deste sábado próximo ao condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar. Para Moraes, há indícios de que o ato poderia servir como distração e favorecer uma eventual fuga.

“O tumulto causado pela reunião ilícita de apoiadores do réu condenado tem alta possibilidade de colocar em risco a prisão domiciliar imposta e a efetividade das medidas cautelares”, afirmou.

Proximidade com embaixadas e risco ampliado

Moraes ainda destacou a proximidade do condomínio de Bolsonaro com o Setor de Embaixadas Sul, onde está localizada a embaixada dos Estados Unidos. Ele relembrou, também, que investigações anteriores apontaram que Bolsonaro planejou buscar abrigo na embaixada da Argentina.

Contexto da prisão

Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após descumprir medidas cautelares que o proibiam de utilizar redes sociais, inclusive por meio de terceiros. Em setembro, foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado.

Na véspera da prisão preventiva, a defesa do ex-presidente havia solicitado que ele cumprisse pena em casa, alegando problemas de saúde. A solicitação foi feita antes mesmo da apresentação dos embargos infringentes contra a condenação.

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Weliton Nunez | jornalista | MTB 1697/AM

Weliton Nunez, formado em Comunicação Social, acumula mais de 10 anos de experiência em assessoria de imprensa parlamentar e é especialista em estratégias políticas e marketing político.