A Câmara Municipal de Macapá instaurou, nesta terça-feira (19), uma Comissão Processante para investigar o prefeito Antônio Furlan (MDB), acusado de agredir uma equipe de imprensa após ser questionado sobre o atraso nas obras de um hospital municipal.
O episódio ocorreu no domingo (17), quando o repórter Iran Froes perguntou ao prefeito sobre a demora na conclusão da unidade de saúde, lançada em 2023 e ainda inacabada em 2025. Testemunhas relataram que Furlan se irritou com o questionamento e partiu para cima do jornalista.
A abertura da investigação foi aprovada em plenário por 12 votos a favor e 10 contra. A Comissão Processante terá prazo de 45 dias, prorrogável por igual período, para apurar se houve quebra de decoro, abuso de autoridade ou violação da liberdade de imprensa.
Segundo o presidente da Câmara, vereador Pedro DaLua, a criação da comissão não significa que o prefeito será automaticamente cassado.
“Ele terá direito à defesa, e a comissão poderá ouvir todas as partes envolvidas, incluindo as servidoras que relataram agressões, os agentes e as testemunhas arroladas tanto pelo prefeito quanto pelo denunciante”, afirmou.
Após a defesa preliminar, o parecer será submetido ao plenário da Casa, que decidirá pelo arquivamento ou prosseguimento do processo. Caso seja considerado culpado, o prefeito Antônio Furlan poderá perder o mandato.