O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) informou nesta quarta-feira (13) que o capitão da Polícia Militar Francisco Bruno Almeida Furtado, principal alvo da Operação Joeira, é considerado foragido. Furtado, que comandava o policiamento em Boca do Acre, no interior do Amazonas, é acusado de envolvimento em uma série de crimes, incluindo corrupção, peculato e associação criminosa.
A operação, realizada simultaneamente em Manaus e Boca do Acre, tem como objetivo desarticular uma organização criminosa composta por policiais militares, um policial civil e civis. As investigações revelaram que os envolvidos praticavam diversos crimes, como furto qualificado e falsidade ideológica, usando seus cargos públicos para obter vantagens ilícitas.
Entre as acusações contra o capitão Furtado, estão a cobrança de “rachadinhas” – prática ilegal em que parte dos salários dos policiais era desviada para fins pessoais – e a extorsão de civis. A operação também apurou o desvio de recursos públicos, com a suspeita de que o grupo utilizava a estrutura policial para cometer crimes e enriquecer de forma ilícita.
Durante a ação, foram apreendidos mais de R$ 30 mil em espécie e diversos bens de luxo em um condomínio de alto padrão na Zona Oeste de Manaus, além de materiais que indicam envolvimento com substâncias entorpecentes.
O GAECO destacou que a operação visa não apenas desmantelar a organização criminosa, mas também garantir a reparação dos danos causados, com valores superiores a R$ 1 milhão já bloqueados para o ressarcimento dos prejuízos, incluindo os danos ao Estado do Amazonas.
As investigações continuam, e as autoridades pedem a colaboração da população para localizar o capitão Furtado, que segue foragido.