terça-feira, 26 de novembro de 2024 | 13:33:03

Apesar dos desafios de atuar em um mercado tradicionalmente masculino, aos poucos as mulheres conquistam mais espaço e mostram que são qualificadas para assumir qualquer cargo e profissão que desejam. Nesta semana do Dia Internacional das Mulheres, a Cibra – uma das maiores e mais inovadoras empresas de fertilizantes do Brasil – compartilha histórias inspiradoras de mulheres que ocupam diversos cargos estratégicos, para reforçar e reconhecer a importância feminina no agronegócio.

Nádia Christina Miguel, Operadora de Mistura na unidade de São Francisco do Sul (SC), foi a primeira mulher a atuar na operação da companhia. “De início, fiquei com muita vergonha, mas todos me acolheram. Com isso me senti valorizada e me tornei mais confiante. Por meio desse acolhimento, consigo evoluir e me tornar uma profissional melhor.”

Maria da Conceição Santos, Operadora de Movimentação na unidade de Candeias (BA), também encontrou no agro a convicção de que as mulheres são plenamente capazes de assumir qualquer tipo de trabalho. “No início da minha jornada profissional, sentia um misto de medo e apreensão, especialmente por ser mulher. Entretanto, com determinação e persistência, consegui superar todas as barreiras, e cada obstáculo vencido fortaleceu minha confiança e me impulsionou a seguir em frente. Atualmente, percebo que muitas pessoas admiram minha profissão, o que me traz uma imensa alegria.”

Aline Oliveira, Engenheira Agrônoma e Supervisora Comercial no estado do Paraná, nutre o desejo de se tornar uma referência e inspiração. “Nós enxergamos o agronegócio de uma maneira diferente, por sermos mais resilientes. Também percebo que mulheres enriquecem as equipes e organizações com uma diversidade de qualidades, como cuidado, senso de responsabilidade e atenção.”

Com uma carreira toda dedicada ao agronegócio, Cristina Oliveira, Diretora de Gente e Sustentabilidade, testemunha o aumento da presença feminina em posições de liderança no segmento. “Ao longo de 30 anos no universo dos fertilizantes, setor apaixonante e em constante movimento, tenho presenciado uma evolução. É inspirador observar o crescimento do número de mulheres fazendeiras que assumem a liderança de grandes propriedades, o que reflete uma transformação positiva e necessária no cenário agrícola. Na Cibra, atualmente, temos 30% das mulheres ocupando cargos de liderança.”

Cristina enfatiza que diversidade e inclusão são pilares fundamentais na cultura organizacional da empresa. “Entendemos a importância de promover um ambiente que valorize diferentes experiências, perspectivas e talentos. Acreditamos que a diversidade é um ingrediente essencial para a inovação, a criatividade e o sucesso. Em todas as áreas, nosso compromisso é nutrir uma cultura que celebra a individualidade e fomenta a inclusão. Para garantir que todos os nossos colaboradores se sintam bem-vindos e apoiados, independentemente de gênero, implementamos uma série de iniciativas, desde programas de saúde e bem-estar até canais anônimos de denúncias e melhorias contínuas nas instalações.”

A Cibra é a única empresa do setor agrícola a adotar o modelo Work From Anywhere (WFA) de forma definitiva para o time corporativo, desde 2021. Com a adesão desse formato de trabalho, a organização atrai talentos de todas as partes do Brasil, estimulando um pensamento diverso e inovador. “O modelo WFA me permite conciliar a carreira profissional e a maternidade. Consigo estar presente na vida das minhas filhas. Posso tomar café e levar a mais velha à escola, assim como buscá-la e almoçar com ela, conversar no trajeto de retorno para casa sobre a rotina escolar, apoiá-la nas atividades de casa. Tudo isso não seria possível trabalhando presencialmente”, conta Esperança Belizário, Analista de Comunicação Corporativa.

Kelly Nakaura, Diretora de Comunicação, Marketing e Produtos, comenta o seu desejo e pelo qual atua. “No contexto do Dia Internacional das Mulheres, vislumbro um ambiente corporativo onde seja totalmente natural e propício às mulheres ocuparem posições de destaque, sem que haja a necessidade de marcos como este. Espero, sinceramente, que minhas duas filhas encontrem um mundo corporativo com essa realidade. Entretanto, reconheço que ainda é essencial destacar e celebrar as datas, pois elas servem como catalisadores para promover discussões, conscientização e avanços coletivos em direção à igualdade de gênero.”

As discussões comentadas pelas executivas são particularmente relevantes no contexto do agronegócio brasileiro, no qual as mulheres representam 38,07% da população ocupada, totalizando 10,7 milhões. Os homens ainda compõem a maioria, representando 61,93% (17,4 milhões), conforme dados do levantamento “Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro”, realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em colaboração com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Segundo o estudo, as mulheres do agronegócio representam 23,41% do total da mão de obra feminina trabalhando no Brasil. Já os homens que atuam no agro correspondem a 29,8% do total da população masculina ocupada no país.