terça-feira, 26 de novembro de 2024 | 03:51:51

O servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre Gomes Machado, ligado as inserções eleitorais nas rádios, foi exonerado pelo Alexandre de Moraes, ele espontaneamente foi depor na Polícia Federal de Brasília.

No depoimento, Machado afirma ter sido demitido trinta minutos depois de ter enviado um e-mail para a chefe de gabinete do secretário-geral da Presidência do TSE.

Segundo o servidor, não foi informado o motivo da exoneração e que decidiu comparecer à PF por ter se sentido vítima de abuso de autoridade e por temer por sua integridade física.

Confira o depoimento na íntegra;

Foto: Reprodução

“Até a data de hoje estava ocupando a função de assessor do gabinete da Secretaria Judiciária do TSE; que na data de hoje, sem que houvesse nenhum motivo aparente, foi exonerado do cargo e conduzido por seguranças para o exterior do tribunal, tendo ainda que entregar seu crachá de servidor. Que acredita que a razão da sua exoneração seja pelo fato de que desde o ano de 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existem falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções da propaganda eleitoral gratuita. que a fiscalização seria necessária para o fim de saber e as propagandas de fato estariam sendo veiculadas”, diz Machado no depoimento.

Ainda à PF, Machado disse ainda, “especificamente na data de hoje, na condição de coordenador do pool de emissoras do TSE, recebeu um e-mail emitido pela emissora de rádio JM On Line na qual a rádio admitiu que, dos dias 7 a 10 de outubro, havia deixado de repassar em sua programação 100 inserções da Coligação Pelo Bem do Brasil, referente ao candidato Jair Bolsonaro.”

Em seu depoimento, Machado afirma ter comunicado o “fato para Ludmila Boldo Maluf, chefe de gabinete do secretário-geral da Presidência do TSE, por meio de e-mail; que cerca de trinta minutos após esta comunicação foi informado, pelo seu chefe imediato, de que estava sendo exonerado”, diz Machado.