Marcio Pochmann, economista filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) desde 2011, foi anunciado pelo ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, como o novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com uma trajetória marcada por seu envolvimento com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Pochmann também se candidatou duas vezes a prefeito de Campinas (SP), mas não obteve sucesso nas eleições.
Formado em ciências econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Pochmann conquistou o título de doutor em 1993 na Unicamp. Sua carreira acadêmica foi marcada por diversos feitos, tornando-se professor livre docente pela Unicamp em 2000 e assumindo como titular da universidade em 2014. Aos 61 anos, ele se aposentou da Unicamp em 2020, mas continuou atuando como professor colaborador.
No campo político, Pochmann expressou opiniões críticas ao programa de transferências online chamado PIX, lançado em novembro de 2020. Em suas palavras, o PIX representava um “passo na via neocolonial a qual o Brasil já se encontra ao continuar seguindo o receituário neoliberal”. Ele ainda alertou sobre a abertura financeira escancarada com o real digital, alegando ser uma condição favorável ao protetorado dos EUA.
O economista também é um autor prolífico, com mais de 60 livros publicados sobre temas econômicos. Em reconhecimento à sua obra, em 2002, ele foi agraciado com o prêmio Jabuti na categoria Economia, Administração, Negócios e Direito, por seu livro intitulado “A Década dos Mitos”.
Com sua nomeação para a presidência do IBGE, o professor colaborador será desligado da Unicamp durante o período em que ocupar o cargo. Sua extensa trajetória acadêmica e política aponta para uma gestão pautada pela experiência e pelo conhecimento na área econômica. Resta acompanhar como Pochmann conduzirá o instituto responsável por fornecer dados estatísticos e geográficos relevantes para o país.