Manaus (AM) – O velório do renomado escritor, dramaturgo, teatrólogo e cineasta Márcio Souza começou às 17h desta segunda-feira (12), no Centro Cultural Palácio Rio Negro. Souza faleceu na manhã do mesmo dia, aos 78 anos, em Manaus, vítima de um infarto. O sepultamento está marcado para esta terça-feira (13), às 16h, no Cemitério São João Batista.
Nascido em Manaus em 1946, Márcio Souza é considerado um dos maiores nomes da cultura amazonense, tendo se destacado tanto na literatura quanto no teatro. Entre suas obras mais influentes estão “Galvez, Imperador do Acre” (1976) e “Mad Maria” (1980), a última adaptada em uma minissérie pela Rede Globo em 2005, que retrata a construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré.
Souza também escreveu outros livros notáveis, como “A Invenção da Amazônia”, “Amazônia Indígena”, “A Caligrafia de Deus”, “Operação Silêncio”, “O Fim do Terceiro Mundo” e “Lealdade”, este último lhe conferiu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte em 1997. No teatro, ele escreveu e encenou peças memoráveis com o grupo Teatro Experimental do Sesc (Tesc), incluindo “A Paixão de Ajuricaba” e “As Folias do Látex”.
Além de seu trabalho literário e teatral, Márcio Souza teve uma carreira distinta em posições de liderança, atuando como diretor da Biblioteca Nacional e da Fundação Nacional de Artes (Funarte). Recentemente, ele era o diretor da Biblioteca Pública do Estado do Amazonas e do Departamento de Gestão de Bibliotecas da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Governo do Amazonas.
Amigos e colegas lamentaram profundamente sua morte. O ator e poeta Dori Carvalho recordou a amizade de décadas com Souza e sua contribuição fundamental para a cultura de Manaus e do Amazonas. O secretário de Cultura Marcos Apolo Muniz destacou a dificuldade em enumerar todas as realizações de Souza e elogiou seu generoso compartilhamento de conhecimento.