Secretário Municipal de Comunicação se defende de acusações em sessão na CMM

Manaus (AM) – O Secretário Municipal de Comunicação, Israel Conte, foi o centro das atenções em uma sessão bastante agitada, ocorrida hoje (20), na Câmara Municipal de Manaus (CMM). Pressionado a esclarecer um suposto caso de caixa 2 na Secretaria de Comunicação Municipal (Semcom), Conte negou veementemente as acusações, afirmando que o vídeo que mostrava um suposto motorista de mídia local recebendo propina dentro da Semcom era falso.

Durante a sessão, Conte apresentou um laudo elaborado pela empresa Smart Perícias, que, segundo ele, comprovava a manipulação das imagens. Segundo o secretário, desde o primeiro momento, a Prefeitura sabia da falsidade do vídeo, e o laudo detalhava as supostas manipulações presentes nas imagens.

VEJA PARTE DO LAUDO:

Entretanto, surgiram questionamentos sobre a idoneidade da empresa contratada para realizar a perícia. A vereadora Thaysa Lippy (Progressistas) levantou a possibilidade de que a empresa, sediada em Maringá, Paraná, não estivesse habilitada para realizar perícias em material audiovisual, conforme constatado em uma pesquisa no Google. Essa informação foi levada ao titular da Semcom, mas ele não conseguiu esclarecer o assunto.

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Além disso, o secretário enfrentou críticas sobre a origem dos recursos para pagar pelo laudo e por não ter registrado uma denúncia na Polícia Federal (PF). Embora tenha admitido não ter detalhes sobre o pagamento do laudo, Conte justificou que foi orientado por advogados para buscar uma empresa especializada para comprovar a manipulação do vídeo. Ele também esclareceu que não procurou a PF porque recebeu orientação de que não havia crime eleitoral, mas que o laudo seria entregue ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) e à Polícia Civil (PC).

Por outro lado, o vereador William Alemão (Cidadania) questionou por que o secretário não disponibilizou as gravações das câmeras de vigilância da Semcom, que poderiam ter sido usadas para esclarecer a situação. Conte respondeu que as imagens ficam armazenadas por trinta dias e já não estavam disponíveis para análise.