Manaus (AM) – No último dia 25, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), informou em seu site oficial que “as frentes de obras de asfalto na cidade estão temporariamente paralisadas devido à ausência do Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP)”.
Ainda segundo a secretaria, o laboratório contratado pela empresa Petrobras condenou um lote do CAP, por não atender as características físicas exigidas para a qualidade do pavimento e a expectativa da prefeitura, naquela data, era que “as usinas preveem retomada de distribuição do CAP ainda esta semana”.
No próximo sábado (6), o Estado do Amazonas e todos os demais da Região Norte, irão completar um mês sem receber Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP 50/60), essencial para produção de asfalto para pavimentar ruas e estradas e que deveria ser fornecido e produzido pela Refinaria da Amazônia (Ream).
De acordo com as empresas que compram o produto para fabricar o asfalto, diariamente a Ream – única instituição autorizada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para fabricar e comercializar o CAP na região – emite notas adiando a normalização do fornecimento, mas não está cumprindo os prazos, fato que vem prejudicando toda a cadeia de produção, ameaçando centenas de empregos e afetando a continuidade de uma série de obras em todos os estados.
Segundo um dos representantes das empresas, que pediu para não ser identificado por temer ser ainda mais prejudicado na entrega do cimento asfáltico, a demanda diária em Manaus é de 40 toneladas e para cumprir contratos previamente acertados, a categoria já avalia importar o CAP de São Paulo, caso a situação não seja normalizada nos próximos dias.
“Já estamos conversando com nossos clientes sobre isso, uma vez que haverá um aumento de mais de 50% no valor final do material, mas precisamos tomar uma providência porque não há previsão e esta situação está afetando toda a cadeia produtiva, de transportadoras e construtoras, até prefeituras que precisam realizarvobras”, acrescentou.
Ream
Privatizada no final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a antiga Refinaria Isaac Sabbá em Manaus, foi transferida no dia 1º de dezembro para a empresa Atem Distribuidora, quando passou a ser denominada Refinaria da Amazônia (Ream).