O prefeito em exercício de Manaus, Renato Junior, participou, na manhã desta segunda-feira, 14/7, de uma reunião estratégica com autoridades da comunidade acadêmica e do Exército brasileiro para discutir a implantação de um Instituto de Pesquisas do Exército na Amazônia. O encontro, que reuniu representantes de universidades e do Instituto Militar de Engenharia (IME), foi marcado pelo tom de cooperação institucional e ambição científica.
A proposta é criar, com sede em Manaus, um centro voltado à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologias de fronteira, como comunicações quânticas, biotecnologia e geração de energia limpa, articulando universidades locais, como Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA), com a expertise técnico-militar do IME. O projeto prevê duração inicial de seis anos, com apoio a atividades de extensão, pós-graduação em Engenharia de Defesa e uso de laboratórios próprios e conveniados.
O prefeito em exercício Renato Junior disse estar otimista com os desdobramentos do encontro. “A gente sai daqui com uma proposta concreta de parceria com o Exército, voltada para inovação e pesquisa na Amazônia. Se os projetos avançarem e as alianças forem feitas, não apenas políticas, mas também técnicas, podemos sonhar que um dia o IME esteja sediado em Manaus, com impacto para todo o Estado do Amazonas”, afirmou.
O Instituto Militar de Engenharia é considerado uma das instituições mais prestigiadas do país na área tecnológica. Para o prefeito em exercício, abrigar uma extensão do IME em uma capital do Norte é dar um salto na direção do desenvolvimento sustentável. “Investir em estudo e pesquisa é o que vai garantir nosso futuro. E o Exército, por meio do general Galdino, está desbravando esse projeto desde 2010. Não faltará articulação política, nem vontade da Prefeitura de Manaus em transformar isso em realidade”, completou.
O general Juraci Ferreira Galdino, comandante e reitor do IME, reforçou que o projeto só será viável com envolvimento da sociedade civil e das instituições locais. “Temos o desejo, temos a vontade, mas não temos os meios. Precisamos da sociedade de mãos dadas conosco. Vimos aqui com um apelo, vamos desenvolver ciência, tecnologia e inovação em parceria. Sozinhos, não conseguimos”, enfatizou.
Galdino destacou que a iniciativa tem potencial para transformar a Amazônia em um polo estratégico de inovação, alinhado aos investimentos globais em áreas como inteligência artificial e tecnologias quânticas. “Estamos propondo para Manaus um foco em comunicações quânticas, transição energética e biotecnologias, temas que geram inovação e riqueza. A Amazônia pode e deve ser protagonista disso”, disse.
O projeto também tem potencial de descentralizar o eixo tradicional do mercado de defesa, hoje concentrado entre o Rio de Janeiro e São Paulo. A ideia é fortalecer a presença científica do Exército no Norte, conectando a soberania nacional ao conhecimento produzido na floresta. “A atividade de hoje foi espetacular. Estou esperançoso. Esperei 15 anos por esse sonho e acredito que agora ele vá se realizar mais rápido”, concluiu Galdino.
O encontro teve ainda a participação do titular da Secretaria Municipal de Administração, Planejamento e Gestão (Semad), Célio Guedes, e representantes do 4º Centro de Geoinformação do Exército e lideranças acadêmicas. A expectativa é que novos desdobramentos técnicos aconteçam nas próximas semanas, com alinhamento institucional entre Exército, Prefeitura de Manaus e universidades locais.
