A Polícia Militar do Amazonas (PMAM) realizou, nesta quarta-feira (16/04), uma das maiores apreensões do ano no combate ao narcotráfico. Durante patrulhamento de rotina na Base Fluvial Arpão 3, nas proximidades do município de Coari (a 363 quilômetros de Manaus), os militares interceptaram três balsas que transportavam petróleo e encontraram, escondidos em uma delas, 550 quilos de pasta-base de cocaína. Seis homens foram presos em flagrante.
A operação é coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e contou com o apoio de cães farejadores da Companhia Independente de Policiamento com Cães (CipCães). Foram os cães Xerife e Delta que ajudaram a localizar os entorpecentes, embalados em sacos de fibra, armazenados em compartimentos ocultos da embarcação.
Segundo os policiais, as balsas saíram de Bretaña, no Peru, fizeram escala em Tabatinga e tinham como destino a capital amazonense. A carga ilícita foi identificada com o auxílio de peritos do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), que confirmaram se tratar de 501 tabletes de pasta-base.
De acordo com a PMAM, o prejuízo estimado ao crime organizado ultrapassa R$ 85 milhões.
Tripulação presa e investigação em curso
O delegado José Barradas, titular da Delegacia Interativa de Polícia Civil em Coari, informou que todos os seis tripulantes das balsas foram presos em flagrante por tráfico de drogas.
“Esses homens são funcionários de uma empresa. Não se trata de pirataria, mas sim do uso da estrutura legal da embarcação para transporte clandestino de droga. Agora, a investigação vai aprofundar para saber se há envolvimento da empresa proprietária das balsas”, afirmou Barradas.
Além da droga, também foram apreendidas três balsas, uma canoa de apoio e aparelhos celulares que serão analisados para identificar outros possíveis envolvidos.
A Base Arpão 3 é uma das estruturas estratégicas do Governo do Amazonas no combate ao narcotráfico e crimes transfronteiriços nos rios da região. A operação reforça o papel das forças de segurança na repressão ao tráfico fluvial e na desarticulação das rotas do crime na Amazônia.