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Em mais uma conquista histórica para a saúde indígena no Brasil, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), por meio do Ministério da Saúde (MS) e do Ministério da Educação (MEC), iniciou as atividades do primeiro Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Indígena (PRMSI) do país. O PRMSI enviou a proposta no primeiro semestre de 2024, e, em dezembro do mesmo ano, foi contemplado com um edital inédito para seis áreas da saúde.

Durante a fase de planejamento, o programa constatou a necessidade de capacitar e inserir especialistas na melhoria dos atendimentos e acompanhamentos médicos à população indígena e desenvolverá, durante 2 anos, atividades teóricas e práticas em unidades de saúde, comunidades e aldeias no Amazonas. Entre esses locais, estão áreas de difícil acesso. As aulas acontecerão nas dependências da Escola Superior de Ciências da saúde, localizada na Av. Carvalho Leal, 1.777, Cachoeirinha.

O reitor da UEA, André Luiz Nunes Zogahib, ressaltou o pioneirismo da conquista. “Todo o trabalho que será realizado durante a residência vai além das fronteiras das áreas contempladas. A Saúde Indígena sempre foi um tema importante para a nossa universidade, e poder transmitir essas ações para comunidades que talvez nunca tenham recebido um programa como esse. É certamente um motivo de comemoração”, enfatizou o reitor.

“É importante surgir da Amazônia essa primeira residência, por que é aqui que está concentrada a maioria da população indígena brasileira. Historicamente, o norte do Brasil sempre foi escasso de profissionais com qualificação para atuar em contexto intercultural. É justo e necessário ter uma residência em saúde indígena no Amazonas e ela acontecer na UEA, uma universidade plural, tanto do ponto de vista dos seus alunos e do acesso ao ensino superior”, destacou o coordenador do programa, Altair Farias Seabra, sobre a implementação como um marco para as residências multiprofissionais.

Entre os 10 profissionais nas áreas de Enfermagem, Psicologia, Nutrição, Odontologia, Serviço Social e Farmácia, estão 3 residentes indígenas. “É um desafio muito grande para os profissionais, pois nós não temos essa experiência com a saúde indígena por ser uma realidade totalmente diferente. Com a residência, isso vai ser um aprendizado, uma preparação para lidar com esses obstáculos. Todos nós estamos muito felizes com essa conquista para a nossa comunidade, para UEA, e pretendemos fazer valer esse investimento”, enfatizou a egressa de Odontologia Thaís Carvalho, da etnia Arapaso.

O PRSMI é realizado e apoiado pela Universidade do Estado do Amazonas, Distrito Sanitário Especial Indígena Manaus, Comissão de Residência Multiprofissional (Coremu/UEA), Ministério da Saúde (MS), Ministério da Educação (MEC), Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas (SES-AM).

Diretor de Jornalismo | MTB 1697/AM | E-mail: [email protected] Especializado em Política com cobertura dos bastidores da polítca no Amazonas.

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