Parintins enfrenta uma nova crise envolvendo o preço da gasolina, que voltou a ser motivo de indignação popular e debate acalorado na Câmara Municipal. Mesmo após o anúncio da Refinaria da Amazônia (Ream) sobre a redução nos valores dos combustíveis, os postos da cidade seguem praticando preços que chegam a R$ 8,39 por litro, enquanto em Manaus, o valor médio já caiu para cerca de R$ 6,99.
A diferença de até R$ 1,40 por litro gerou uma denúncia formal de possível prática de cartel por parte dos vereadores Cabo Linhares (presidente da Câmara), Naldo Lima e Alex Garcia. Eles apresentaram o caso ao Procon-Parintins e, na última quarta-feira (30/07), levaram a denúncia também ao Procon-AM, em Manaus.
“O consumidor de Parintins está sendo penalizado sem justificativa plausível. O preço cai em Manaus, mas aqui continua o mesmo. É preciso apurar se há acordo entre os postos”, afirmou o vereador Cabo Linhares.
Procon-AM promete fiscalização
O diretor-presidente do Procon-AM, Jalil Fraxe, garantiu que irá pessoalmente a Parintins nos próximos dias para realizar fiscalizações nos postos de combustíveis. A ação visa identificar possíveis práticas abusivas, como alinhamento indevido de preços e ausência de repasse de reduções ao consumidor.
“Estamos tratando esse caso com máxima atenção. Se forem identificadas irregularidades, medidas serão tomadas para proteger o consumidor”, disse Fraxe.
População se sente lesada
Moradores da cidade, como o motorista de aplicativo Carlos Félix, expressam frustração com a lentidão no repasse da queda dos preços:
“Quando o preço vai subir, eles reajustam na hora. Mas quando é pra cair, dizem que têm estoque antigo, fazem mil desculpas. Isso acontece há anos em Parintins”, criticou.
A suspeita de cartel entre os postos e a demora no repasse da redução do preço da gasolina geram um clima de insatisfação crescente no município, que agora aguarda os resultados da fiscalização prometida pelo Procon-AM.
Com informações do RadarNewsAmazonas
