O ex-coach e influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) foi condenado pela terceira vez pela Justiça Eleitoral nesta terça-feira (22), tornando-se inelegível por oito anos. A nova sentença foi proferida pelo juiz Antônio Maria Patiño Zord, da 1.ª Zona Eleitoral de São Paulo, que julgou duas ações simultâneas e concluiu que Marçal cometeu abuso de poder econômico, captação e gastos ilícitos de campanha, além do uso indevido dos meios de comunicação social.
As ações foram movidas pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), da então candidata Tabata Amaral, e pela vereadora Silvia Ferraro (PSOL), ambas concorrentes na eleição para a Prefeitura de São Paulo em 2024. As denúncias apontam que Marçal realizou sorteios em suas redes sociais, atacou adversários políticos e levantou dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral.
Embora o juiz tenha considerado procedente parte das acusações, a candidata a vice-prefeita na chapa de Marçal, Antônia de Jesus (PRTB), foi absolvida. A decisão ainda é de primeira instância e cabe recurso.
Em nota, a assessoria de Pablo Marçal declarou: “Embora respeite o posicionamento da Justiça Eleitoral, reafirmo minha total convicção de que sou inocente e reforço que os recursos cabíveis serão apresentados no tempo certo. Sigo confiante na revisão dessa decisão pelas instâncias superiores”.
Esta é a terceira vez que Marçal é declarado inelegível. Em abril, ele foi condenado por práticas semelhantes, com multa de R$ 420 mil. Já em fevereiro, o ex-coach foi penalizado por oferecer apoio político em troca de doações à sua campanha, também sendo declarado inelegível por oito anos. As três condenações não são cumulativas, mas reforçam a gravidade das infrações atribuídas a ele durante a campanha de 2024.
