A operação realizada pela Polícia Federal que buscou informações sobre o suposto envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro, seu ex-ajudante Mauro Cid e mais quatorze alvos em supostas fraudes no sistema de vacinas do Ministério da Saúde tem gerado grande repercussão na mídia e na opinião pública.
Foram apreendidos diversos dispositivos eletrônicos que estão sendo periciados pela Polícia Federal, incluindo 12 notebooks, 19 pendrives, 6 HDs de computador e 21 celulares. O objetivo da perícia é identificar eventuais conexões que possam confirmar o envolvimento dos alvos nos crimes investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na casa de Bolsonaro, além de um celular, os investigadores recolheram um pendrive vermelho e preto de 8 gigas e um HD externo de 1 terabyte com a inscrição “backup II”. Durante a operação, que durou algumas horas, o ex-presidente recebeu a visita de quatro assessores e falou ao telefone com um auxiliar.
As investigações continuam e a expectativa é que novas informações surjam a partir da análise do material apreendido. O caso tem sido amplamente divulgado na mídia e é considerado um dos mais importantes em curso no país neste momento.
No entanto, a Procuradoria-Geral da República manifestou-se contra a realização de busca e apreensão que mirou o ex-presidente da República, e também contra o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ). A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araujo, afirmou que o quadro apontado pela Polícia Federal “não permite concluir pela existência de causa provável a legitimar e autorizar a realização de buscas e apreensões direcionadas ao ex-presidente e sua esposa”.
Apesar disso, o ministro Alexandre de Moraes decidiu autorizar a medida contra Bolsonaro e o deputado. É importante ressaltar que a busca e apreensão é uma medida legal prevista em nosso sistema jurídico, desde que haja indícios suficientes de participação nos crimes investigados.
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