Uma demanda histórica da comunidade PcD do Amazonas voltou ao centro do debate público: a criação da primeira Delegacia da Pessoa com Deficiência do Estado. O tema foi discutido durante reunião do diretório estadual do PL PCD, realizada na noite de quinta-feira (12/6), na zona Centro-Sul de Manaus, reunindo mais de dez associações e lideranças atuantes na causa. Convidada para dialogar com o grupo, a pré-candidata ao Governo do Amazonas pelo PL, Professora Maria do Carmo, reafirmou seu compromisso com a inclusão. Segundo ela, sua trajetória à frente de instituições de ensino já inclui iniciativas voltadas para acessibilidade e empregabilidade de pessoas com deficiência. “Além da criação da Delegacia da Pessoa com Deficiência, vamos acolher todas as propostas enviadas pelas associações para compor nosso futuro Plano de Governo. A inclusão no Amazonas ainda é muito precária, e isso precisa mudar”, afirmou Maria do Carmo. Apoio do partido Representando o presidente estadual do PL, Alfredo Nascimento, a Executiva Estadual do partido também firmou compromisso com a pauta. Segundo ele, o partido intermediará uma agenda com o governador Wilson Lima (União Brasil) para reforçar o pedido da comunidade PcD. “O PL Amazonas é um dos poucos partidos no país que estruturaram seu diretório da Pessoa com Deficiência. Vamos lutar por essa delegacia e garantir que ela entre como prioridade no nosso projeto de governo para 2026”, garantiu Alfredo Nascimento. Censo e dados atualizados Durante a reunião, o presidente do PL PCD Amazonas, Nederson Iglas, destacou a importância de se realizar um novo Censo PcD no Estado, com metodologia atualizada. Segundo ele, os dados mais recentes, de 2021, são limitados e foram colhidos em plena pandemia, o que compromete sua precisão. “Estima-se que mais de 600 mil pessoas no Amazonas tenham algum tipo de deficiência. Mas não temos dados confiáveis. E isso compromete políticas públicas efetivas”, ressaltou. Nederson também enfatizou que a delegacia especializada deve contar com uma equipe multidisciplinar, incluindo psicólogos, assistentes sociais e profissionais capacitados para o acolhimento humanizado das vítimas PcD. “A maioria das ocorrências envolvendo pessoas com deficiência são marcadas pelo preconceito e desconhecimento. Precisamos de uma delegacia preparada para tratar essas vítimas com o respeito e a atenção que merecem”, concluiu.