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O Brasil continua com um sistema energético dependente, principalmente, das hidrelétricas (53,88%), segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No entanto, a energia fotovoltaica (solar) tem ganhado cada vez mais espaço, ocupando cerca de 7,2% do mercado. Mesmo com uma participação maior, ainda é comum encontrar quem tenha dúvidas sobre se o modelo vale a pena, considerando seu custo-benefício e a instalação em regiões mais chuvosas.


No Amazonas, a instalação de sistemas fotovoltaicos cresceu 528% entre 2021 e 2024, segundo a Aneel. O percentual é equivalente a um aumento de seis vezes no período de somente três anos. Embora possua um clima com chuvas mais frequentes, seja no inverno amazônico ou no verão, o estado é considerado uma boa região para o sistema, devido ao seu potencial de irradiação solar.
O engenheiro civil e professor do curso técnico em eletrotécnica do Centro de Ensino Técnico (Centec), Igor Fernandes da Silva, afirma que o crescimento da energia solar se deve, principalmente, ao seu custo-benefício para os consumidores.

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“O primeiro grande benefício para o usuário da energia solar, seja em sua casa ou em empresa, é a redução na conta de luz. Isso porque há um dimensionamento sobre o quanto consome e o quanto a placa a ser instalada precisa produzir, gerando maior conforto no uso da energia”, afirma.
Mas as vantagens econômicas não param por aí. Ele ressalta que pessoas com energia solar em casa recebem menos o impacto das bandeiras tarifárias amarela e vermelha, comuns principalmente durante períodos com menor densidade de chuvas. Isto porque, justamente nestas condições climáticas, a geração de energia costuma ser maior, já que há menor frequência de tempestades, que impactam o funcionamento das placas fotovoltaicas.


“Outra vantagem é a maior valorização da casa, o que pode render um bom retorno caso a residência vá ser vendida posteriormente. Vale dizer que os sistemas têm uma vida útil de 25, 30 anos. Quando ele é adquirido por financiamento, é comum que o pagamento das parcelas dure por volta de três ou quatro anos, então é um investimento quitado em um tempo muito menor do que ele vai efetivamente durar, promovendo um alto retorno”, comenta.

Como instalar


A instalação de placas solares começa com a avaliação do imóvel por uma empresa especializada como a 3L Amazon e a , que analisa o consumo médio de energia e define o tamanho do sistema necessário. Em seguida, é feito o projeto elétrico e a instalação dos painéis no telhado ou em outra área adequada, conectados a um inversor que transforma a energia solar em eletricidade para uso doméstico.
O custo médio para uma residência no Brasil varia entre R$ 15 mil e R$ 30 mil, dependendo da demanda de energia, mas muitas instituições financeiras oferecem linhas de crédito específicas para energia solar, o que facilita o pagamento em parcelas.

Oportunidade


O avanço da energia solar no país não é uma oportunidade somente para os consumidores, mas também para profissionais da área. O professor do Centec diz que o assunto tem despertado a atenção de estudantes de eletrotécnica e áreas afins, o que deve impulsionar cada vez uma formação que inclua aprendizados sobre o setor.


“Esse crescimento impacta bastante o ensino. Hoje os nossos profissionais de eletrotécnica podem atuar tanto na parte da indústria como na residencial. Como está crescendo esse campo, muitas pessoas já estão adquirindo seus empreendimentos. Então, cada vez mais o setor vai precisar de novos técnicos com uma qualificação para a energia solar também”, pontua o professor.

Um destes profissionais é o eletricista Janderson Silva, que tem experiência na manutenção de sistemas fotovoltaicos. “Minha primeira manutenção foi em uma grande empresa do Distrito Industrial. Era uma subestação com mais de 200 metros de placa solar. Fizemos a manutenção e a limpeza para a potência poder subir”, conta.


Ele diz ter uma expectativa positiva para o aumento do setor nos próximos anos, especialmente porque já vê outros colegas crescerem somente com trabalhos voltados à energia solar. “É uma área ótima, inclusive, tem pessoas que estudaram comigo que já trabalham só com isso. Então, é um mercado que realmente vem se destacando muito”, ressalta.

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