quarta-feira, 27 de novembro de 2024 | 04:42:14

O câncer de pele é o tipo mais comum entre os brasileiros, representando 33% de todos os diagnósticos entre as neoplasias. Nessa perspectiva, a campanha Dezembro Laranja vem para acender um alerta sobre cuidados e prevenção. A dermatologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Bruna Heluy, destaca o atual cenário da doença no País e reforça a importância da adoção de medidas preventivas.

“São cerca de 195 mil novos casos por ano. E isso indefere entre homens e mulheres. Vale ressaltar que o câncer de pele acomete todas as áreas do nosso corpo, incluindo couro cabeludo, planta dos pés, unhas e até mesmo as genitálias. Entenda que os raios solares trazem um efeito nocivo e cumulativo para a pele. Então, aquele sol ao qual você se expôs na infância e na adolescência pode, sim, gerar impactos durante a vida adulta”, afirma.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), há os seguintes tipos de câncer de pele:

Carcinoma basocelular (CBC) — tipo mais prevalente, que surge mais frequentemente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas, como citado pela médica. Tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce. Costuma se apresentar como uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar com facilidade.

Carcinoma espinocelular (CEC) — também pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo e pescoço. Tem coloração avermelhada e pode se parecer com uma verruga ou uma ferida espessa e descamativa, que não cicatriza.

Melanoma — menos frequente entre os cânceres da pele, possui o mais alto índice de mortalidade. Apesar disso, as chances de cura são superiores a 90%, quando detectado precocemente. Costuma ter a aparência de uma pinta ou de um sinal em tons acastanhados ou enegrecidos, que mudam de cor, de formato ou de tamanho.

Nesse sentido, a especialista compartilha dicas de proteção e prevenção. “Use o filtro solar. Quanto maior o FPS, melhor. Reaplique a cada duas horas e não se exponha ao sol das 10h às 15h. Aposte também em protetores físicos, como chapéus e camisas de proteção”, orienta.

Diante de sinais ou sintomas suspeitos, um dermatologista deve ser imediatamente procurado. “Lembrando que, se você tem histórico familiar de câncer de pele, deve passar por avaliações anuais”, completa.