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Brasília — A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) anunciou nesta segunda-feira (3) que está fora do Brasil e atualmente licenciada de seu mandato parlamentar. A deputada revelou que se encontra na Europa e pretende realizar uma série de denúncias internacionais contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o que considera “abusos” do Judiciário brasileiro.

“É estranho abrir mão do que sempre foi meu lugar, o lugar que o povo me confiou, mas no fundo eu sei que a minha voz vai ecoar ainda mais forte, porque não vai ter mais amarras”, declarou Zambelli em vídeo publicado nas redes sociais.

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Apesar de não revelar o destino exato, Zambelli afirmou estar baseada na Europa, onde possui cidadania italiana. A deputada destacou que busca estabelecer conexões e criar um diálogo com lideranças internacionais para expor o que chamou de “perseguição política” no Brasil.

“Não fugi”, garante deputada

A parlamentar frisou que sua saída do país não caracteriza fuga, já que, segundo ela, “não há mandado de prisão” contra sua pessoa. “Minha saída é para preservar minha autonomia e minha liberdade de denunciar o que está acontecendo no Brasil”, afirmou.

Zambelli também comentou sobre a possibilidade de ter seu mandato cassado após ser condenada pelo STF à prisão em regime fechado, perda do mandato e inelegibilidade por oito anos, devido à sua suposta participação na invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“A cassação ainda precisa ser analisada pela Câmara. A Câmara pode votar pela rejeição da cassação”, disse a deputada, lembrando que o processo não está encerrado.

Inspirada em Eduardo Bolsonaro

Zambelli afirmou que segue uma estratégia similar à do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que tem articulado apoio internacional em meio a investigações no Brasil. “Como falo espanhol, inglês e um pouco de italiano, quero fazer isso da Europa. O papel do Eduardo nos Estados Unidos é superimportante e acho que precisamos ter uma conexão na Europa também”, explicou.

Em sua fala, Zambelli também criticou a prisão do ex-deputado Daniel Silveira, dizendo que, se estivesse fora do país, talvez “tivesse voz agora”. “Assim, eu posso falar livremente. Sempre trabalhei pela liberdade e pela democracia e quero continuar atuando dessa forma.”

A decisão que condenou Zambelli foi enviada pelo ministro Cristiano Zanin ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que será responsável por dar andamento ao processo de cassação na Casa.

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