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Saúde

Cansaço constante e queda de cabelo podem ser sinais de disfunção na tireoide 

 Alterações sutis no funcionamento da glândula podem afetar sono, humor e até a fertilidade. Diagnóstico precoce é essencial. 

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Cansaço constante e queda de cabelo podem ser sinais de disfunção na tireoide 
Foto: Freepik
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Cansaço persistente, alterações no humor, sono desregulado, dificuldades de concentração e até queda de cabelo: esses sintomas, comuns no dia a dia e muitas vezes atribuídos ao estresse, podem ser sinais de que a tireoide não está funcionando como deveria, mesmo quando os exames de rotina estão próximos da normalidade. 

Segundo a endocrinologista Pietra Moleirinho, consultora médica do Sabin Diagnóstico e Saúde, há situações em que o desequilíbrio hormonal afeta o organismo antes mesmo que os exames laboratoriais tradicionais revelem grandes alterações. “Chamamos de hipotireoidismo subclínico ou disfunção inicial. Os níveis hormonais ainda estão dentro da faixa considerada normal, mas o paciente já sente os impactos no corpo e na mente”, explica. “Nesses casos, os sintomas são inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico.” 

A tireoide é uma glândula localizada na base do pescoço, responsável pela regulação do metabolismo por meio da liberação de hormônios como T3 e T4. Quando produz em excesso (hipertireoidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo), interfere em funções essenciais no corpo, como sono, digestão, fertilidade e desempenho cognitivo. 

Apesar disso, os sinais de alerta nem sempre são reconhecidos como parte de uma disfunção hormonal. É preciso atenção a sintomas que frequentemente passam despercebidos, como alterações no ritmo intestinal, fadiga, dificuldade de concentração, alterações de ritmo de sono e queda de cabelo. 

É comum que pacientes com essas queixas façam exames de TSH e recebam um resultado normal. Mas isso não exclui um problema na tireoide. Em muitos casos, só é possível identificar o distúrbio com exames mais específicos e uma análise clínica criteriosa. 

A Tireoidite de Hashimoto — doença autoimune e principal causa do hipotireoidismo, por exemplo — pode evoluir de forma silenciosa, afetando gradualmente o funcionamento da glândula. 

Diagnóstico mais completo 

Para uma investigação mais precisa, existem exames complementares, como a dosagem de T4 Livre e a pesquisa de anticorpos antitireoidianos (Anti-TPO), que analisam a quantidade dos hormônios produzidos pela tireoide, além de identificar a presença de anticorpos que indicam uma reação autoimune do corpo contra a própria glândula. Esses exames ajudam a detectar alterações ainda em estágio inicial, mesmo quando os resultados do TSH estão dentro da faixa considerada normal. 

“Quando há suspeita clínica, histórico familiar ou presença de sintomas sugestivos, esses exames adicionais ajudam a definir a causa da disfunção e a melhor conduta para tratamento”, explica a médica. 

A detecção precoce faz toda a diferença, pois permite tratamento e, consequentemente, melhora significativa na qualidade de vida. Em crianças, o diagnóstico oportuno pode prevenir impactos no crescimento, desenvolvimento e aprendizado. Em adultos, evita complicações metabólicas, problemas de fertilidade e alterações no humor e na memória. 

Manter uma rotina de exames periódicos é a medida mais importante para a saúde da tireoide. Mas o principal alerta, segundo especialistas, é não ignorar sinais que persistem sem explicação. Mesmo quando os exames parecem normais, é essencial ouvir o corpo e buscar avaliação médica se os sintomas continuarem. 

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