Rio Preto da Eva (AM) – A manhã desta quinta-feira (4 de dezembro) foi marcada por gritaria, correria e constrangimento público na Câmara Municipal de Rio Preto da Eva. A deputada federal do Acre, Antônia Lúcia (Republicanos), invadiu o plenário durante o expediente para procurar a vereadora Katwyssya Martinelli, a quem acusa de ser suposta amante do deputado federal e pastor Silas Câmara, seu ex-marido.
Em vídeos que se espalharam rapidamente pelas redes sociais, Antônia Lúcia aparece visivelmente alterada, entrando no prédio legislativo e gritando:
“Cadê a vagabunda?”
A parlamentar percorre corredores e gabinetes em busca da vereadora. Katwyssya, porém, não compareceu à sessão, o que intensificou o clima de tensão no local.
Sessão interrompida e clima de pânico
A invasão causou interrupção imediata dos trabalhos legislativos, gerando correria entre servidores e constrangimento entre parlamentares. Alguns vereadores suspenderam temporariamente suas atividades diante do tumulto provocado pela deputada.
Há relatos de que agentes da Polícia Federal foram acionados para acompanhar a situação, porém a informação não foi oficialmente confirmada até o momento.
Crise conjugal transforma-se em crise política
O episódio é mais um desdobramento da crise pública entre Antônia Lúcia e Silas Câmara. Nas últimas semanas, a deputada vem usando suas redes sociais para acusar o ex-marido, com quem foi casada por 33 anos, de:
- traições,
- abandono,
- comportamento abusivo,
- e uso de linhas telefônicas supostamente pagas pela igreja Assembleia de Deus para manter conversas extraconjugais.
Silas Câmara, um dos pastores mais influentes da Assembleia de Deus e figura de peso na política do Norte, não respondeu diretamente às acusações. Limitou-se a publicar mensagens vagas sobre “propósito”, “perseverança” e “silêncio”.
Repercussão e possíveis desdobramentos institucionais
A confusão em Rio Preto da Eva expôs vereadores e servidores a uma situação pessoal, explosiva e inesperada, que acabou se transformando em um constrangimento institucional dentro da Câmara.
Lideranças políticas e religiosas tentam conter os danos, especialmente por causa da forte influência de Silas Câmara na região e do desgaste que o episódio pode provocar entre fiéis e apoiadores.
Até agora:
- não foi registrado boletim de ocorrência,
- a Câmara Municipal deve abrir apuração interna sobre a conduta da deputada ao invadir o plenário de forma hostil,
- e o caso pode gerar novas investigações caso servidores ou vereadores se sintam ameaçados.
