terça-feira, 26 de novembro de 2024 | 22:42:41

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu a anulação das eleições presidenciais de 2020 e a extinção da Constituição americana, exigindo a reintegração na presidência.

Na origem está a decisão do novo proprietário da rede social Twitter, Elon Musk, de revelar deliberações internas de 2020 da companhia sobre a divulgação de uma história do jornal New York Post a partir de ficheiros alegadamente pertencentes ao computador pessoal de Hunter Biden. O filho do atual presidente norte-americano já foi anteriormente visado por Trump por alegadas suspeitas de ilegalidades cometidas na Ucrânia.

Donald Trump escreveu que os “pais fundadores” da democracia americana “não quereriam, nem aprovariam, eleições falsas e fraudulentas”, voltando a alimentar teorias da conspiração sobre a sua derrota eleitoral nas últimas eleições presidenciais e criticando as empresas tecnológicas por, alegadamente, estarem alinhadas com os democratas.

Esta posição do ex-presidente dos EUA já motivou uma reação da Casa Branca, com o porta-voz Andrew Bates a criticar as declarações como um “anátema sobre a alma da nação”, apelando para que Trump seja “universalmente condenado” por estas afirmações.

“Não se pode amar a América apenas quando se ganha. A Constituição dos EUA é um documento sacrossanto que há mais de 200 anos assegura que a liberdade e o Estado de direito prevalecem no nosso grande país. A Constituição une o povo americano, independentemente do partido, e os líderes eleitos fazem o juramento de a defender”, afirmou Bates.

Elon Musk partilhou as deliberações do Twitter – anteriores à sua entrada na empresa – com o jornalista Matt Taibbi, que então divulgou a história, numa sucessão de publicações na rede social. O multimilionário considerou que a empresa censurou então a divulgação da informação sobre o computador pessoal do filho do atual presidente, exposta no New York Post, e defendeu que esta fuga de informação seria necessária “para restaurar a confiança das pessoas”.

De acordo com o site de notícias Politico, quando o Post se recusou a apagar um tweet sobre a história, o Twitter suspendeu a conta do meio de comunicação durante mais de duas semanas, antes de reverter a suspensão a 30 de outubro de 2020. O então presidente executivo do Twitter, Jack Dorsey, indicou mais tarde que lamentava a decisão da plataforma de censurar a história.

Num extenso novelo de tweet encadeados, Taibbi revelou ainda que ambas as campanhas presidenciais de 2020 – do então incumbente, Donald Trump, e do candidato democrata, Joe Biden – solicitaram ao Twitter a remoção de mensagens publicadas naquela rede social.

Hunter Biden, cujo estilo de vida errático foi denunciado durante meses por apoiantes do ex-presidente Donald Trump, continua a ser objeto de uma investigação criminal pelo Departamento de Justiça que se tem concentrado nos seus assuntos fiscais e nas suas operações económicas no estrangeiro, em particular na Ucrânia.

AddThis Website Tools