sexta-feira, 29 de novembro de 2024 | 09:23:31

Na última quinta-feira (11), uma operação de transferência foi conduzida pela Polícia Penal Federal, movimentando 11 detentos do Sistema Penitenciário Federal. Entre os transferidos está Fernandinho Beira-Mar, considerado uma liderança de uma facção criminosa no Rio de Janeiro, detido no Presídio Federal de Campo Grande desde 2019.

Denominada Operação Próta, a ação envolveu cerca de 100 policiais penais federais e ocorreu em pelo menos três presídios, sendo os transferidos integrantes da organização criminosa carioca. A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) revelou que o rodízio de presos é uma medida rotineira para garantir a segurança das unidades prisionais, sendo essa a primeira operação do tipo em 2024.

Líderes de facção do Rio e Amazonas transferidos em Operação da Polícia Penal Federal
Foto: Divulgação

De acordo com a Senappen, os presos transferidos são considerados de alta periculosidade e lideranças das organizações criminosas. Essa foi a segunda vez que Fernandinho Beira-Mar passou pelo Presídio Federal de Campo Grande, sendo também sua segunda transferência, sem informações sobre o destino atual. O advogado de defesa esclareceu que o procedimento ocorre a critério do Ministério da Justiça e em sigilo absoluto.


Além de Beira-Mar, Gelson Lima Carnaúba, líder de uma facção no Amazonas, foi transferido para o Presídio de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

O nome da operação faz referência ao primeiro preso custodiado no Sistema Penitenciário Federal, Luis Fernando da Costa, com o termo “Próta” significando “primeiro” em grego.

O rodízio de presos é uma prática que se repete a cada dois anos. Essa estratégia de inteligência visa dificultar a atuação de detentos que, mesmo com o contato limitado com o mundo exterior, permanecem no comando de facções criminosas. O sigilo é rigorosamente mantido até o encerramento das operações, a fim de prevenir possíveis tentativas de resgate das lideranças durante a movimentação dos internos.