Manaus (AM) – O Amazonas tem batido recorde de temperatura nos últimos dias e isso levanta sérias preocupações sobre os impactos na saúde das pessoas. No último dia 29 de julho, por exemplo, Manaus registrou o recorde de calor quando o termômetro marcou 36,5 graus. De acordo com o urologista Flávio Antunes, embora seja algo natural para a maioria das pessoas, muitos ainda não se atentam à importância do consumo de água, principalmente neste período do ano em que as temperaturas costumam elevar-se.
“É recomendado que uma pessoa consuma ao menos 2 litros de água por dia, no entanto, é importante dizer que cada indivíduo possui uma necessidade específica e deve avaliar o seu estado corporal. Em dias mais quentes, como o que estamos vivenciando nesse período, temos que aumentar o consumo. Um adulto perde, em média, 1,5 litro de água diariamente, por meio da urina, transpiração, respiração e evacuação”, destaca o médico.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o mês de julho teve os maiores registros de temperaturas elevadas. Além do dia 29/07 ter registrado 36,5 graus, o dia 28.07 marcou 35,02 graus e dia 12.07 ficou com 34,9 graus. O município de Lábrea teve a temperatura mais alta do Estado. O termômetro marcou 38,1° no dia 30.07.
Benefícios da água
Beber água traz inúmeros benefícios com: manter a temperatura corporal estável, lubrificação de mucosas, ajuda na eliminação de toxinas, além de assegurar o funcionamento dos órgãos e transporte de nutrientes. Alguns grupos possuem a necessidade de beber uma quantidade maior de água, como é o caso das gestantes, uma vez que a fonte de nutrientes para o bebê é o leite produzido pela mãe.
“A água regula as reações químicas das células, elimina os elementos nocivos e lubrifica as articulações, fornecendo proteção para os tecidos. A falta de ingestão certa de água pode causar aumento da pressão arterial e prejudica os rins. Quando o rim percebe pouco líquido no organismo, ele concentra a urina, como reserva de água, nesses casos podem se formar pedras nos rins e na bexiga, o famoso cálculo renal”.
Segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), uma em cada dez pessoas apresenta doença renal crônica (DRC) em algum grau. Flávio Antunes alerta que beber água em quantidades adequadas faz muito bem aos rins. Mas, quando ingerida em excesso, a água pode desequilibrar a concentração de eletrólitos, pois os rins não dão conta de liberá-la e acabam “encharcando” o sangue. Foi o que aconteceu no início de agosto com a americana Ashley Summers. Ela acabou morrendo após consumir quatro garrafas de água, quase dois litros, em 20 minutos. A jovem se sentiu desidratada durante a onda de calor que os EUA enfrentam em decorrência do aquecimento global. A causa da morte foi intoxicação pela água, uma condição chamada de hiponatremia.