quinta-feira, 28 de novembro de 2024 | 18:51:33

A busca do setor de saúde, por todo o mundo, por melhoria na execução profissional ganhou forte aliada: a Inteligência Artificial. Um estudo da Universidade de Stanford mostrou que no ano de 2021 houve um investimento de mais de US$11 por parte da rede privada em pesquisa e inovação com IA para medicina e saúde, o que significa um aumento de 40% em relação ao ano anterior.

Já quando se trata da rede pública, no Brasil, por exemplo, foi levantada a possibilidade da inclusão da IA no SUS, tendo como objetivos principais otimizar os diagnósticos e reduzir as filas de espera nos postos de saúde. Além disso, em entrevista à Agência Brasil, o Ministro da Saúde informou que a implementação dessas novas tecnologias e formas de atendimento visa redesenhar a saúde no país nos próximos 20 anos, trazendo mais segurança e conforto à população. 

Rosane Roverelli, Director da Advantech Brasil, empresa provedora de soluções IoT, comenta que, de maneira geral, consegue ver a Inteligência Artificial como uma ferramenta poderosa e promissora na área da saúde, sendo capaz de revolucionar a forma como os cuidados médicos são prestados atualmente.

“Uma das principais possibilidades é o uso da IA para auxiliar no diagnóstico médico. Algoritmos de IA podem analisar grandes quantidades de dados clínicos, como histórico médico do paciente e resultados de exames”, destaca Rosane. 

Ainda segundo a diretora, a Inteligência Artificial também pode ser aplicada de outras formas na medicina, como por exemplo: na área de monitoramento de pacientes e na medicina personalizada. “Essa é uma área promissora, já que baseado em dados genéticos e informações individuais do paciente, a IA pode ajudar a desenvolver terapias personalizadas, recomendando tratamentos mais eficazes”, complementa.

Além disso, a IA pode atuar em um ponto muito importante da área, que é a medicina preventiva. Uma pesquisa do Instituto de Informática e Temática do Conselho Nacional de Pesquisa (Cnr-Iit) da Itália, publicado na revista Scientific Reports, mostrou que através da IA seria possível identificar novos marcadores biológicos do câncer. 

Não somente, um outro estudo da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) trouxe como ferramentas de Inteligência Artificial poderão antecipar o desenvolvimento de certas doenças, o aparecimento de uma nova pandemia, por exemplo, ou ajudar os médicos a optar por tratamentos mais eficazes e assertivos.

Para Rosane, além dos pontos listados, a IA ainda pode ser benéfica quando se fala da relação entre médico e paciente, considerando que esta pode aprimorar a comunicação entre ambos através de chatbots e assistentes virtuais. Esses, por sua vez, podem fornecer informações básicas, responder perguntas frequentes e agendar consultas, otimizando a carga horária dos profissionais e permitindo que eles se concentrem em casos mais complexos, além de também sanar as dúvidas dos pacientes com rapidez.

No entanto, a diretora ressalta o quão planejada deve ser a implementação da IA na área da Saúde, pois esse processo requer uma abordagem cuidadosa e alinhada com os princípios éticos. 

O relatório “Ética e governança da inteligência artificial para a saúde”, publicado pela ONU, resultado de consultas realizadas por diversos especialistas da área, se mostra contra superestimar os benefícios da inteligência artificial para a saúde se os direitos humanos não forem tratados como destaque e prioridade.

“Questões como privacidade de dados, segurança cibernética e interpretação adequada dos resultados são aspectos cruciais a serem considerados para garantir a confiabilidade e a segurança dos sistemas baseados em IA”, finaliza Rosane.

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