Parintins (AM) – O Boi-Bumbá Caprichoso está na reta final dos trabalhos para o 56º Festival de Parintins. No galpão principal do boi, localizado no bairro do Palmares, os preparativos estão a pleno vapor. As alegorias estão recebendo os retoques finais, incluindo surpresas que serão reveladas somente durante as apresentações na arena. Essa é a afirmação do diretor artístico, Edwan Oliveira.
“O projeto do Brado do Povo Guerreiro tem sido desenvolvido desde agosto do ano passado, com planejamento e criação. Atualmente, temos 95% do projeto concluído, na fase de acabamento. Estamos bastante confiantes em tudo o que criamos. A nação azul e branca pode ter certeza de que tudo o que pensamos tem um único objetivo: proporcionar um grande espetáculo, surpreender o público e convencer os jurados de que merecemos o bicampeonato” disse Edwan.
Inovação é a palavra de ordem no Caprichoso. E é exatamente isso que os irmãos e artistas plásticos Paulo e Adenilson Pimentel prometem cumprir. A dupla foi encarregada da criação da figura típica regional para uma das noites do festival. Essa será a primeira vez que eles executarão uma alegoria avaliada pelos jurados.
“Somos responsáveis pela abertura do festival e, este ano, fomos agraciados pela diretoria do Caprichoso e pelo Conselho de Arte com a tarefa de criar uma figura típica regional. Aqui, o trabalho é intenso e diário. Envolve a projeção de uma estrutura metálica para a alegoria, revestimento, pintura e adereços. Além disso, também estamos focados na execução da figura, articulação, movimento e efeitos para que tudo ocorra na arena” afirmou Paulo.
Com um trabalho que começou há 3 meses, os irmão também estão com grandes expectativas para as três noites de festa.
“Estamos na contagem regressiva e tentamos nos acalmar, mas, na verdade, a expectativa só aumenta. Essa dupla, essa união entre dois irmãos, deu certo, e faremos um ótimo trabalho “, enfatizou Adenilson.
O espetáculo “O Brado do Povo Guerreiro” promete levar para a arena o canto que ecoa dos povos indígenas, a herança cultural, resistência, além da luta pela igualdade e pela preservação das riquezas naturais.
O festival vai ser realizado nos dias 30 de junho, 1 e 2 de julho, no Bumbódromo.