domingo, 1 de dezembro de 2024 | 00:57:30

Pesquisa realizada pela ADM, empresa global do setor de nutrição humana, destaca as principais percepções e demandas dos consumidores ao redor do mundo, e também na América Latina e Brasil. O levantamento aponta que as novas análises, baseadas na relação cruzada entre saúde, bem-estar, sustentabilidade e segurança alimentar, resultaram na identificação de sete tendências-chaves, que revelam a evolução em comportamentos, atitudes e aspirações dos consumidores e que orientarão e servirão de pontos de partidas para a inovação no mercado. 

O estudo chama a atenção para a transversalidade dos temas que permeiam as escolhas, demandas e expectativas dos consumidores em relação às marcas que compram. O desejo de ter mente, corpo, alma, comunidade e planeta saudáveis se traduzem em consumo consciente, proativo e decisivo em várias categorias, pontuando que, ao mesmo tempo em que os consumidores buscam priorizar o que é mais importante para eles, as marcas de nutrição querem fazer o mesmo.

OPÇÕES DE PROTEÍNA EXPANDIDAS

Mais de metade (52%) dos consumidores globais agora se consideram flexitarianos, incorporando proteínas animais e vegetais em sua dieta. Entre os brasileiros, 48% já se consideram flexitarianos. À medida que a geração Z e a geração Alfa crescem, a aceitação da aplicação de avanços científicos para fazer os alimentos continuará se tornando mais comum e práticas como agricultura celular, fermentação de precisão, produtos híbridos e diferentes fontes de proteínas prosperarão.

BEM-ESTAR EQUILIBRADO

Ter saúde nos aspectos emocional, mental, físico e até espiritual é algo visto cada vez mais pelos consumidores como interligado e um é tão importante quanto o outro. Os consumidores estão adotando uma abordagem sinérgica, fazendo escolhas intencionais e tomando medidas para apoiar sua saúde física, bem como seu humor e sentimentos gerais. Globalmente, 79% dos consumidores acreditam que apoiar sua saúde mental tem um efeito positivo sobre sua saúde geral e bem-estar. Além disso, 48% dos consumidores globais planejam lidar com seu bem-estar mental no próximo ano, colocando a questão entre suas maiores preocupações. No Brasil, o número de consumidores que planejam lidar com seu bem-estar mental em 2023 é ainda maior, chegando a 53%.

PERSONALIZAÇÃO PROATIVA

O que funciona para o bem-estar de uma pessoa pode não ser ideal para o de outra. Uma estratégia “tamanho único” para saúde e alimentação foi deixada de lado, dando espaço para abordagens “melhor para mim” sob medida. Na verdade, 63% dos consumidores globais dizem estar interessados em alimentos e bebidas personalizados para atender às suas necessidades nutricionais individuais. Na América do Sul, 72% responderam ter interesse na nutrição personalizada. Além disso, 55% dos consumidores globais afirmam que estão dispostos a gastar mais em alimentos funcionais que possam apoiar suas metas de saúde.

CONFIANÇA E RASTREABILIDADE

Da terra à mesa, os consumidores querem saber de onde vem seu alimento, quem o fez e exatamente quais ingredientes foram incluídos. Eles querem saber ainda como o produto foi feito e se as condições de sua produção foram humanas. Algum progresso tem sido feito em ganhar a confiança do consumidor, com pesquisas mostrando que 42% dos consumidores globais passaram a confiar mais em alegações ambientais feitas por produtos e marcas nos últimos dois anos. No Brasil, a confiança aumentou para 46% dos consumidores. Esta necessidade de transparência nasce não apenas das preocupações com alimentos, mas também de um desejo de conexão com o alimento e as comunidades que o cultivam ou fabricam.

PRODUÇÃO ECOLÓGICA

Globalmente, 49% dos consumidores alegam ter mudado sua dieta nos últimos dois anos para levar um estilo de vida mais amigável ao meio ambiente, entre os brasileiros, 59% disseram ter realizado mudanças no prato. Além disso, exigem um padrão mais alto das companhias de quem compram com relação a suas práticas ambientalmente conscientes. Os consumidores estão focando bastante em reduzir o seu desperdício de alimentos e esperam o mesmo das marcas que apoiam. Eles também querem provas de reconstrução e restauração ambiental.

IMPACTO SOCIAL

Usando suas vozes e seu poder de compra, os consumidores estão exigindo que as empresas pratiquem tratamento justo e humano de pessoas e animais envolvidos em cada aspecto da produção. Quase 30% dos consumidores globais já boicotaram ativamente um produto ou uma marca devido a suas credenciais éticas e 40% buscam marcas que garantem que os produtores foram tratados de forma ética. No Brasil, o estudo identificou que 29% dos consumidores são ativos em relação ao boicote de marcas e 41% procuram marcas que defendem o tratamento ético nas relações humanas. Garantir a subsistência de trabalhadores, empregar métodos de inclusão e diversidade e manter os produtos acessíveis ao usuário final são considerações importantes para consumidores modernos tomarem decisões.

ALIMENTAÇÃO EXPERIMENTAL

Cada vez mais, os consumidores globais estão ficando mais aventureiros com a comida, pois 74% expressam um desejo de experimentar novos sabores de todo o mundo e 63% relatam gostar de fazer experimentos quando cozinham. O consumidor sul-americano também apresenta um perfil aventureiro, 70% disseram experimentar novos sabores e 52% afirmaram gostar de fazer experimentos. Além de buscar por novos e interessantes sabores, eles também querem se envolver com marcas divertidas e descontraídas que conquistam a fidelidade do consumidor através da sensação de comunidade que o entretenimento oferece.

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